sábado, 22 de junho de 2024

Especial - Conan, o bárbaro

Especial - Conan, o bárbaro 

Releitura de Especial Conan, o Bárbaro n°1, hq de 1989 e publicado originalmente pela antiga Editora Abril.

A primeira história é intitulada como "A Fronteira do Fim do Mundo" no qual traz a saga de Conan entre os Pictos. Ela é uma adaptação de um conto escrito por Robert E. Howard, intitulado "Beyond The Black River", publicado pela Weird Tales, em maio de 1935.

Na trama, Conan é contratado para patrulhar a fronteira da Aquilônia contra a invasão dos selvagens Pictos, numa região violenta e protegida apenas por uma fortificação chamada Forte Tuscelan. 

Durante a patrulha, Conan salva a vida de Balthus, um jovem colono que juntos enfrentam vários perigos. Quando chegam ao forte, eles partem numa missão para capturar o xamã Zogar Sag na esperança de tentar frear o avanço dos Pictos.

 

Bom, a narrativa apresenta uma aventura intensa e dramática. O enredo é envolvente, cheio de ação e suspense, com elementos de heroísmo e tragédia. Conan é implacável e determinado ao enfrentar perigos sobrenaturais e selvagens com coragem e astúcia.

O que se destaca na história é a brutalidade e a precariedade da vida na fronteira com a constante ameaça dos Pictos e das forças sobrenaturais que eles comandam. 

O final da trama sela a sublima crueza e violenta do mundo hiboriano, adicionando um elemento de continuidade a história, sugerindo que a luta contra os Pictos está longe de terminar.

No geral, é uma aventura de Espada e Feitiçaria com boas combinações narrativas onde Roy Thomas capturou bem a essência do personagem Conan - e juntamente com a arte de John Buscema e Tony Zuñiga criou-se um ambiente brutal, proporcionando uma leitura empolgante e emocionante.

Com uma belíssima arte de capa feita por Barry Windsor-Smith, a edição ainda traz uma pequena matéria intitulada Crônicas da Espada (A Gênese do Barbarismo), um artigo de Lin Carter que explora a origem das histórias de Espada e Feitiçaria. 

Há também uma curta aventura chamada A Maldição da Deusa-Gato de Roy Thomas e arte de Pablo Marcos, originalmente publicada em junho de 1985.

Esta é mais uma edição histórica que imortaliza as aventuras da Era Hiboriana para um clássico gênero da Espada e Feitiçaria. 


"O barbarismo é estado natural do homem. A civilização é artificial, uma trapaça do destino... e o barbarismo sempre vai triunfar no final!"

terça-feira, 18 de junho de 2024

Tétricos e Metálicos

Tétricos e Metálicos 

Tétricos e Metálicos da autora Cristina Pezel e lançada originalmente pela Avec Editora em meados de 2023.

O livro é uma coletânea de dezoito contos onde o horror e o suspense são apresentados através de pesadelos e vislumbres do medo.

Conhecida pela fantástica duologia O Mundo de Quatuorian, não é a primeira vez que a autora se envereda pela terror/suspense. 

Na coletânea Duendes lançada em 2019 pela Editora Draco, ela escreveu o incômodo e assombroso "Jeremejevite" que lhe rendeu o prêmio Odisséia de Literatura Fantástica de 2020 de Melhor Narrativa Curta Fantasia.

Já em Tétricos e Metálicos, Pezel foca no horror sobrenatural com elementos que misturam a tragédia e o pesadelo. Sua escrita utiliza uma expressividade fluida que atraem o leitor para um mundo soturnamente fantástico. É a típica leitura que faz com que 144 páginas voem rápido.

Todas as histórias são muito boas e de alguma maneira estão conectadas a algum elemento metálico que intriga e instiga a imaginação do leitor. Algumas trazem reflexões existenciais que atingem em cheio a realidade trágica e mórbida do fantástico. 

Meu destaque vai para "Elizabeth", "O Comediante", "O Amolador de Facas", "Brilho do Metal", "O Mausoléu da Família Steiner", "M'ne-Noh", "Heavy Metal" e "Faca de Pão". 

São pequenas pérolas em foema de prosa que facilmente poderiam se tornar obras únicas de tão bem elaboradas e escritas.

Indicada para os fãs de terror/suspense e aos que curtem autores do terror contemporâneo como Stephen King, Mariana Enriquez e Agustina Bazterrica - Tétricos e Metálicos alcança o seu objetivo: ser uma narrativa de qualidade que instiga medo, ansiedade e repulsa.