Mostrando postagens com marcador literatura estrangeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador literatura estrangeira. Mostrar todas as postagens

domingo, 28 de julho de 2024

Aquisições de Julho - 2024


Literatura Fantástica 


E finalizando as aquisições desse finalzinho de mês de julho, aqui vai mais alguns livros de Fantasia de meados dos anos 90.  Algumas são antologias e pequenas séries bem desconhecidas por aqui. 

Vamos lá:

- The Elvenbane (Half-blood Chronicles) - Andre Norton & Mercedes Lackey.

- Shadow Moon & Shadow Dawn (Chronicles Shadow War) - George Lucas & Chris Claremont. 

- Elf Magic - antologia organizada por Martin H. Greenberg.

- Warrior Enchantresses - antologia organizada por Kathleen M. Massie-Ferch & Martin H. Greenberg.

As artes das capas são de autoria de Boris Vallejo , Ciruelo Cabral, John Howe e Luis Royo respectivamente. 

Então, por enquanto é só. Em breve, leituras e resenhas.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

As Guerras de Trolltooth

As Guerras Trolltooth 

Baseado no mundo ficcional de Titan, As Guerras de Trolltooth foi escrito pelo britânico Steven Jackson e publicado por aqui pela Editora Marques Saraiva em 1989.

A história mostra o conflito dos goblins das colinas de Balthus Dire que atacavam uma caravana que transportava uma erva mística para Zharradan Marr. Daí, eles rompem uma cadeia de eventos que mergulha o continente de Allansia em uma guerra cruel entre os dois feiticeiros malignos. Então um guerreiro chamado Chadda Darkmane é escolhido para a sair em busca de aliados improváveis por toda Allansia e acabar com a guerra ou trazer o caos iminente. 


Bom, pode se dizer que As Guerras de Trolltooth envelheceu bem como um romance Rpg. Assim como a série de livros-jogos Fighting Fantasy ou Aventuras Fantásticas, ele trouxe na época boas alternativas aos leitores de fantasia a adentrar no Rpg. 

A escrita é simples e sem muitas firulas, apesar do autor dar destaques as descrições de lugares e ambientes. Mesmo com uma tradução bem ruim e algumas partes um pouco confusas, o livro consegue entreter e entregar uma aventura interessante com algumas boas ilustrações. 

Em uma época que a Internet não havia chegado por aqui e só podíamos apenas recorrer às revistas ou a livros importados, os livros de Steve Jackson como As Guerras de Trolltooth era uma alternativa para os leitores de Fantasia. Entrar na aventura em meio a goblins, orcs e ter bons momentos de lutas e batalhas épicas, fazia parte daquele universo incrível. 

Vale pela nostalgia.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Binti - Trilogia

Binti

Binti - trilogia escrita pela autora Nnedi Okorafor em 2015 e publicado pela Editora Galera em 2020.

A história traz Binti, uma jovem menina que sai de casa como a primeira estudante Himba, admitida na famosa Universidade Oomza, onde recebe alunos de todos os povos de diversas galáxias. No meio do caminho, a nave que a transporta para a universidade acaba sendo atacada por aliens chamados de Medusas e, inadvertidamente, acaba no meio de um conflito interestelar. 

Embora eu tenha achado o arco da história de Binti, incluindo a reviravolta no final, muito previsível, isso não a tornou menos agradável. Pelo contrário, Okorafor traz uma excelente contextualização, ambientação e diálogos interessantes entre os personagens.

As espécies que Binti encontra geralmente não são humanóides. Até os humanos que ela conhece são extremamente diferentes, vindos de várias culturas e galáxias - uma diversidade que ampliou a estrutura da história dando ares de space opera. 

O livro traz o Futurismoafricano como uma experiência das tradições e heranças enraizadas no povo Himba (de origem do norte da Namíbia) através dos nomes, costumes e utensílios.

Achei muito interessante na trama a protagonista perseguir seus interesses científicos sem perder os laços com sua cultura e, seu jeito de pensar em equações para reduzir o estresse e angustia internos. O que me fez lembrar, e muito, com a personagem Gaal Dornick da adaptação da série sci-fi Fundação (Isaac Asimov) do streaming Apple TV+ . 

Binti é uma personagem que encanta por sua complexidade, determinação e crescimento. 

O livro traz representatividade cultural e não economiza nas emoções, nas naves espaciais e na matemática. Mostra que a comunicação pode acontecer através de qualquer fronteira cultural, desde que as pessoas se conectem com curiosidade e empatia. 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

The Legacy - The Legend of Drizzt

The Legacy 


Ótima leitura de The Legacy de R. A. Salvatore - da sensacional saga The Legend of Drizzt: The Legacy of the Drow, publicado originalmente em meados de 2008.

Neste sétimo volume, o drow mais casca-grossa do mundo de Forgotten Realms está em volta a um desafio de vida e morte.

Inicialmente Drizzt Do'Urden vai ao reino dos Anões visitar os amigos e encontrar um pouco de alegria e paz, mas acaba se envolvendo em uma trama que envolve o mundo subterrâneo, a sua família e ao culto obscuro de Lolth, a Rainha Aranha.


Bom, o livro é um prato cheio para os leitores e fãs de D&D e Fantasia. 
Há ótimas batalhas, criaturas sombrias, diversas raças, classes e boas reviravoltas. 
Salvatore continua impecável na simplicidade e na descrição de ambientes, principalmente no mundo de Forgotten Realms. 

A trama está tão bem fluida que a leitura se torna rápida e muito agradável. 
É sempre bom rever personagens como Jarlaxle, Wulfgar, Cattie-brie, o halfling Regis, Bruenor Battlehammer e o reino de Mithal Hall.

Questões como relacionamento, amizade e preconceito racial são colocados de maneira impecável dando ao enredo mais sentimento, fora as incríveis lutas de Drizzt com as espadas Twinkle e Icingdeath e da sua fiel companheira de batalha a pantera Guenhwyvar.

The Legacy traz a mistura perfeita da Fantasia clássica com a ação e a emoção do mundo fantástico do RPG. 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

A Companhia Negra

A Companhia Negra do autor estadunidense Glen Cook é o primeiro de uma série de livros (conhecido como Crônicas da Companhia Negra) de Dark Fantasy Medieval.


A Companhia Negra

Inicialmente publicada em meados de 1984 (aqui somente em 2012), a história é contada por Chagas, médico e escriba que acompanha uma tropa de mercenários conhecidos como Companhia Negra - uma força militar que antigamente era conhecida pela atitude e nobreza de seus feitos. 


Contratados por Apanhador de Almas que oferece uma oportunidade para se juntar aos exércitos da Dama - uma misteriosa feiticeira que despertou de um sono milenar. Eles tem como objetivo esmagar os rebeldes que lutam contra ela, mas Chagas e alguns de seus companheiros acham que talvez estejam lutando pelo lado errado. Talvez. 

E em meio a traições, lutas e reviravoltas, eles tentam sobreviver em nome da honra e da glória que já tiveram.


Bom, o autor possui uma escrita simples, crua e sem firulas. As longas descrições típicas da literatura fantástica são deixadas de lado e o que fica é o realismo das lutas, dos feitiços e das tramas. 

É impressionante que em certos momentos ficamos desconfortáveis a situações que a Companhia enfrenta como uma invasão a um vilarejo ou buscando seus espólios. É aí vemos o que é a realidade da guerra. 

Os personagens são impactantes e bem colocados na narrativa. Apesar de Chagas ser o protagonista e que registra toda as atividades dos soldados, eu gostei bastante de Duende e Caolho (os feiticeiros da Companhia). Eles são ao mesmo tempo hilários e assustadores principalmente quando invocam seus feitiços ou quando estão disputando um carteado ou jogando dados. 

Os Tomados (feiticeiros transformados a base de tortura maligna) e alguns metamorfos e demônios povoam este mundo sombrio e cruel.

É uma obra de Espada e Feitiçaria que irá agradar em cheio aos fãs de Robert E. Howard, Bernard Cornwell e também aos leitores que querem se enveredar para algo mais Dark Fantasy. 


Uma leitura brutal e viciante!

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

The Two Swords

The Two Swords

The Two Swords é o terceiro e último livro  da trilogia Hunter's Blades onde Drizzt Do'Urden (elfo drow) tenta impedir junto com seus Companheiros o rastro de guerra, violência e caos de um rei orc extremamente ambicioso e cruel. 

Aqui a horda (goblins, trolls e gigantes de gelo) do rei orc Obould pressiona os Companheiros até os portões de Mithril Hall, onde o anão Bruenor e seu clã lançam um último ataque desesperado para conter o avanço dos orcs. E é aqui também que há grandes reviravoltas e finais épicos e trágicos entre os personagens.


Bom, o mundo de Drizzt Do'Urden (Forgotten Realms) é um cenário fantástico de Dungeons & Dragons. 

O livro é dinâmico, envolvente e a todo momento a ação e o suspense são primordiais na trama. 

Tudo é de fácil entendimento e mesmo para aqueles que não estão habituados ao estilo Fantasia/RPG de leitura, irão se sentir confortáveis em ler.

A habilidade técnica do autor na descrição das cenas de batalha, particularmente pelo manejo da espada dupla de Drizzt são umas das coisas mais impressionantes da literatura fantástica. 

É quase cinematográfico como ele encara as batalhas de maneira intensa e violenta. 

R. A. Salvatore explorou (e ainda continua em suas outras obras) muito bem essa dinâmica, fora os conflitos internos de Drizzit como a aceitação entre os humanos, a rejeição e o racismo.

The Two Swords fecha a trilogia de maneira épica e traz novos rumos para a próxima trilogia chamada Transitions.

Com certeza é mais uma das minhas leituras favoritas desse ano e recomendo demais conhecer esse incrível personagem e seu magnífico universo D&D.

domingo, 5 de setembro de 2021

Fogo & Sangue

Fogo & Sangue

Trazendo aqui no blog uma das minhas melhores leituras feitas em 2021: Fogo & Sangue do autor George R. R. Martin, publicado originalmente em 2018 pela Editora Suma.

Tudo começa 300 anos antes dos eventos ocorridos nas Crônicas de Gelo e Fogo, quando os Targaryen chegaram a Westeros após a Destruição de Valíria. 

A história inicia-se na conquista dos Sete Reinos através de Aegon Targaryen e suas irmãs Rhaenys e Visenya mostrando as ambições, os desafios e as consequências de seus sucessores numa quase invencível dominação a base de fogo e sangue.


Bom, o livro é envolvente, com uma leitura extremamente fluida e sem muitas firulas. 

As descrições de paisagens ou lugares de Westeros ficaram em segundo plano, dando mais ênfase as políticas de invasão e submissão feita pelos Targaryen.

Também vemos a manipulação dos Senhores das Casas de Westeros com as suas disputas e influências - da glória à ruína dos Senhores dos Dragões em meio a poder e tragédias - tudo detalhado minuciosamente, sem deixar lacunas dentro do universo criado por Martin. 

Outra principal atração da história são os dragões. 

Balerion, Meraxes, Vhagar (meus preferidos no livro) são descritos como verdadeiros monstros de guerra que por onde passavam atraíam medo, admiração e terror. O autor desenvolveu muito bem o misto de emoções em relação as pessoas que viam esses dragões, fora as descrições de cores, tamanhos e até o tratamento das criaturas em seus covis. 

O livro também traz ilustrações belíssimas do artista Doug Wheatley que já trabalhou em graphic novels do Conan, Aliens, Hulk e Star Wars. Ele deixou o livro ainda mais bonito e visualmente impactante com seu traço realista e único.

É uma excelente obra que vai agradar em cheio aos fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo e também a galera que curte uma Fantasia Medieval mais hard e palaciana.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

The 13th Warrior - Eaters of the Dead

The 13th Warrior - Eaters of the Dead

Trazendo aqui uma das minhas leituras preferidas de 2021: The 13th Warrior - Eaters of the Dead do escritor Michael Crichton e originalmente publicado em 1976.

A história se baseia no "O Manuscrito de Ibn Fadlan" um documento real escrito pelo embaixador do califado de Bagdá,  Ahmed Ibn Fadlan. Ele conviveu com um grupo de nórdicos e juntos investigaram um terrível mal que assolava as terras da Escandinávia de Lord Rothgar em meados de 922.

Na verdade, Ibn Fadlan estava indo em direção aos Reinos Búlgaros para manter contatos comerciais, mas no caminho ele encontra um grupo de nórdicos comandados por Buliwyf, um lord guerreiro que através de um oráculo (Runemal) são escolhidos 13 guerreiros para eliminarem uma ameaça nas terras de Lord Rothgar. 


Bom, o mais legal e interessante desse livro é que Crichton (que escreveu seu maior best-seller Jurassic Park) transformou um relatório histórico numa narrativa que vai dá aventura ao épico de maneira magistral. O próprio autor na época dizia que foi uma tarefa árdua transformar o documento fragmentado em uma saga. 

E pode-se dizer que a leitura realmente prende nossa atenção, principalmente nas descrições feitas por Ibn Fadlan em relação aos nórdicos. 

A vivência, costumes, tradições, deuses e o choque cultural são mencionadas por Ibn Fadlan. Às vezes os menciona com assombro, respeito e amizade, mas em outras com um certo desprezo. 

Uma outra curiosidade a se observar é que sempre que algo inédito ou jamais visto é mencionado ou relatado, ele sempre diz: "Vi com os meus próprios olhos."

Com um final surpreendente, o livro é diversão garantida, pois mesmo sendo uma leitura de teor histórico, ele entretém de maneira inteligente e audaciosa. 

As notas, referências e apêndice ajudam bastante na leitura, pois tira muitas dúvidas e esclarece muitas curiosidades. 


A capa dessa minha edição é do cartaz do filme 13° Guerreiro de 1999. Na versão cinematográfica, a história dá uma pequena e ótima amostra do que é o livro: um verdadeiro épico!

sábado, 31 de julho de 2021

The Fires of Heaven

The Fires of Heaven


The Fires of Heaven (As Chamas do Paraíso) é o quinto livro da série The Wheel of Time ( A Roda do Tempo) de Robert Jordan. 

Publicado originalmente em meados de outubro de 1993, o livro traz os eventos posteriores da perigosa jornada ao Deserto Aiel onde Rand al'Thor se consagrou como Aquele Que Vem Com a Aurora, conforme profetizado por seu novo povo. 
Ter um exército de homens e mulheres extremamente hábeis na batalha deveria ser uma vantagem, mas conforme se apega aos novos aliados, ele se sente cada vez mais vulnerável às tramas de seus inimigos.
Enquanto isso, Nynaeve e Elayne perdem aliadas importantes e ganham uma poderosa inimiga. 
Após a expulsão de Siuan Sanche da Torre Branca, as duas devem tentar encontrar as poucas Aes Sedais que continuam fiéis à sua causa. Porém, Moghedien está à espreita, determinada a capturar Nynaeve em sua teia.

Bom, a saga continua incrível e mais uma vez Jordan entrega uma obra-prima.
Nesse livro eu gostei muito da perspectiva visionária das personagens femininas - mais fortes com personalidade e atitude. As descrições minuciosas dos lugares, pessoas e situações estão lá, sendo necessárias a ponto de não tornar da leitura maçante ou cansativa. Apesar da ausência de alguns personagens como Perrin, Nynaeve, Egwene e Elayne e Birgitte (em seu Mundo dos Sonhos) para mim se tornaram destaques positivos na obra.
Por ser um livro com muito mais conflitos e dramas, as últimas 200 páginas são de tirar o fôlego - pura adrenalina com batalhas e confrontos de magia de proporções épicas. 


A Roda do Tempo é realmente uma saga de Fantasia onde o incrível e a complexidade caminham juntos e de mãos dadas. 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Trono de Jade

Trono de Jade

Trono de Jade é o segundo livro da saga Temeraire (são 8 livros e apenas 3 publicados no Brasil) escrito pela autora Naomi Novik, onde aqui a amizade entre o capitão Willian Laurence e o dragão negro Temeraire será posto a prova.


Depois da decisiva e vitoriosa batalha de Dover, eles se envolvem num incidente diplomático com o Império Chinês e para resolver esse impasse, eles decidem fazer uma viagem ao Oriente e estabelecer de uma vez por todas uma aliança entre a Inglaterra e o Império da China contra as forças de Napoleão. 

Contudo Laurence e Temeraire correm sério risco de serem separados por essas disputas políticas - entre a ganância dos chineses e a necessidade de conseguir aliados para a armada de Sua Majestade.


Bom, o livro mantém o mesmo ritmo em relação ao primeiro: ação e aventura na medida certa. Novik continua a com sua escrita detalhista, empolgante e a cada página lemos vários detalhes (desde roupas, lugares, linguagem) das Guerras Napoleônicas. É incrível como ela consegue misturar esse período histórico com dragões de várias raças colocando-as como verdadeiras máquinas de guerra, transporte e logística. 


O mais impressionante são as descrições das montagens dos equipamentos de guerra nos dragões de ataque: a maneira como se coloca um enorme arreio de segurança, o embarque das tropas, o som dos mosquetões sendo travados antes do vôo; é como se você visse um enorme porta-aviões voador vivo! 

E é claro temos as batalhas! 

As formações, manobras e táticas militares da época são descritas minuciosamente em meio a gritos de dor e desespero dos soldados. A medida que a adrenalina da batalha aumenta, você sente o calor, o lufar das asas e a fúria dos dragões em meio ao caos e a destruição dos inimigos.

Enfim, é um ótimo livro de Fantasia histórica com toques clássicos de aventura, heroísmo e boas batalhas.

sábado, 17 de abril de 2021

Contos Inacabados

Contos Inacabados


Contos Inacabados de J. R. R. Tolkien é um conjunto de narrativas que se estendem desde o tempo de O Silmarillion - os Dias Antigos da Terra-Média - até o fim da Guerra do Anel, em O Senhor dos Anéis, ou seja, um apanhado dos principais acontecimentos ocorridos na Primeira, Segunda e Terceira Era.


Aqui o leitor encontrará as grandes histórias e relatos como o de Gandalf sobre como chegou a enviar os anões à celebrada festa em Bolsão, o surgimento do deus marinho Ulmo diante dos olhos de Tuor na costa de Beleriand (ricamente ilustrada na capa feita por John Howe), a organização militar dos Cavaleiros de Rohan e a linhagem dos reis de Númenor e sua geografia, incluindo o mapa. 


Mas, o ápice dessa obra é NARN I HÎN HÚRIN - O Conto dos Filhos de Húrin. 

Para mim uma das melhores histórias já contadas da Primeira Era onde é narrada a trágica saga de Túrin Turambar, desde a sua infância até seu épico final junto com o infame dragão Glaurung.


Christopher Tolkien editou arduamente toda essa imensa coleção de manuscritos, trechos e até rascunhos deixados por seu pai e cuidadosamente escritos e colocados de maneira que não ficassem desordenados ou fora de contexto. 


Não é um livro fácil para iniciantes na obra de Tolkien. 

É necessário que já tenha lido as três principais obras: O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion para um melhor entendimento. 

Porém, para os mais avançados, é uma leitura maravilhosa com bastante carga explicativa e quase didática. 


Então procure ler primeiro a tríplice (que é assim que eu costumo chamar) de J. R. R. Tolkien e vá fundo nos Contos Inacabados e verá o quanto é emocionante e até divertido conhecer essa incrível mitologia.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

A Ascensão das Sombras

A Ascensão das Sombras

Mostrando aqui minha retomada à uma das minhas séries favoritas da literatura fantástica mundial: A Ascensão das Sombras (The Shadow Rising), o quarto livro da série A Roda do Tempo (The Wheel of Time) de Robert Jordan.

"Os lacres de Shayol Ghul enfraquecem, e o Tenebroso avança. A sombra se ergue para encobrir definitivamente a humanidade. Em Tar Valon, Min tem visões de um destino terrível. Será o fim da Torre Branca? Em Dois Rios, os Mantos-brancos caçam o homem de olhos dourados e o Dragão Renascido. Em Cantorin, junto ao povo do mar, A Grã-lady Suroth vislumbra o retorno dos exércitos Seanchan ao continente. Enquanto na Pedra de Tear, o Lorde Dragão planeja seu próximo passo e ninguém será capaz de prevê-lo. Nem a Ajah Negra, os nobres tairenos ou as Aes Sedai, nem mesmo Egwene, Elayne e Nynaeve. Declarado o escolhido da antiga profecia, Rand al’Thor, o Dragão Renascido, precisa seguir em frente e cumprir seu destino: proteger o mundo do retorno do Tenebroso."


Os três principais enredos seguem a busca de Rand, a jornada de Perrin para Dois Rios e Egwene e Nynaeve na Torre Branca. 

O ritmo do livro é um pouco mais fácil, mesmo com tudo que está acontecendo.

O livro, publicado em novembro de 1992, mostra os personagens principais a aceitar e a crescer mais os seus "ta'veren" assumindo mais as responsabilidades (no caso de Perrin sendo imposto a ele) e nisso o livro é de longe o mais abrangente do que qualquer um dos três anteriores.

Jordan também gerencia bastante a construção dos mundos em The Shadow Rising com pontos mais descritivos no sistema de magias, e em particular, o uso de saidar por Rand.


No geral, The Shadow Rising é simplesmente épico e já estou pronto para o próximo livro, The Fires Heaven. 

Aguardem!


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Hobbits, Elfos e Magos

Hobbits, Elfos e Magos

Venho aqui para indicar o livro: Hobbits, Elfos e Magos do autor Michael N. Stanton. Publicado em meados de 2002, o livro faz um apanhado geral na principal obra de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis.

O autor faz uma espécie de "resumão" em A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei.
Ele disseca cada trecho e frase, explicando por exemplo, como se originou o Conselho de Elrond, quem é Gollum ou simplesmente comparando de maneira interessante a profecia de Glorfindel à famosa revelação das feiticeiras para Macbeth de Shakespeare.

Em seguida mostra as diversas criaturas e raças fantásticas existentes na saga como os Orcs, Wargs, Elfos, Anões, os Hobbits e explica de maneira bem convincente a linguagem e os sistemas ortográficos da Terra-Média, assim como os poemas e canções existentes na obra de Tolkien.

Enfim, o livro é uma ótima leitura para conhecer um pouquinho mais de O Senhor dos Anéis e algumas curiosidades. O próprio autor já diz que ele está ali como um fã de Tolkien e mesmo tendo uma boa carga acadêmica ele não escreveria dessa forma, pois o intuito é entreter e não instruir.

Recomendo para aqueles que querem conhecer um pouco mais da obra magna de Tolkien, para os que estão lendo ou vão ler mais sobre a Terra-Média.


domingo, 27 de dezembro de 2020

O Único e Eterno Rei - O Livro de Merlin

O Livro de Merlin
Apresentando aqui O Livro de Merlin, quinto e último livro da saga O Único e Eterno Rei de T. H. White.O livro começa com Arthur sentado sozinho na sua tenda nos campos de Salisbury, esperando sua última batalha contra seu filho bastardo Mordred - na insolência final de suas esperanças e chorando suas lágrimas lentas da velhice.

Então aparece Merlin e o conduz a dias mais feliz quando visitava as formigas e os pássaros pela magia do seu eterno tutor. Mergulhado nessa paz que lhe dá de volta a inocência, Arthur se torna mais uma vez Wart e volta a conversar com os seus amigos animais. Depois de vários debates e conversas sobre o presente e futuro da humanidade, o Rei volta para o seu desfecho final.

Inicialmente, O Livro de Merlin fecha com maestria a saga com o seu principal apelo: o fim das guerras.
White deixou sua escrita bem mais direta (o anacronismo ainda está lá) em certos assuntos como a decadência do homem em relação aos "ismos" e a ganância destruidora da guerra. Merlin e seus animais destilam toda a sua revolta e indignação contra o caminho que a humanidade está tomando. Para eles, o ser humano não possui o direto de destruir ou aniquilar outros seres em nome do poder e da evolução. Já para Arthur a humanidade tem salvação sim, que há pessoas capazes de criar coisas boas e que a generalização não levará ninguém a nada.

Além dessas reflexões, a obra conclue de maneira satisfatória todos os personagens (Guenevere, Lancelot, Mordred e de toda a Távola Redonda) e mais uma vez Alan Lee dá uma show de arte medieval mostrando beleza e sutileza em seus traços.

Apesar da melancolia que o livro carrega, eu o recomendo (não só essa obra, mas a saga inteira) porquê ele nos dá esperança e por ser um apelo poderoso contra as guerras.





"Repleto de pungência e um poder maravilhoso... os entusiastas da obra comovente, profunda, engraçada e trágica de White não vão querer perder essa versão, pelo que representa como final verdadeiro e real de sua saga".


Los Angeles Times





sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

The Drowning Eyes

The Drowning Eyes

Sabe aquele livro que você compra pela belíssima capa e se surpreende?
Então, foi assim com The Drowning Eyes da escritora americana Emily Foster e lançado pela Tor em meados de 2016.

A história se passa num conjunto de Ilhas de Jihiri onde vive Shina, a jovem aprendiz dos Templos Sombrios de Tash.
Há rumores de que pessoas conhecidas como Windspeakers estão em guerra com os DragonShips (são tipo uns vikings do mar), o que fez com que o comércio diminuísse e muitos estão se perguntando quando as coisas vão melhorar para que possam voltar às suas vidas diárias.
Os Windspeakers controlam o vento e são conhecidos por causar tempestades mosntruosas. São pessoas igualmente reverenciadas e temidas, embora não se saiba muito sobre eles. Mas para poder controlar essa magia de modo pleno e seguro, eles são treinados para manipular seus dons e depois disso levados acorrentados ao Templo e seus olhos arrancados (voluntariamente) e substituídos por pedras mágicas, se tornando assim um Windspeaker.
Então, um dia os arquipélagos foram atacados pelos DragonShips e roubam o principal artefato do Templo.
É a partir daí que a protagonista Shina então contrata os serviços da capitã de cabelos grisalhos Tzir e seus tripulantes do navio Giggling Goat para recuperar o artefato, mas se cria uma desconfiança e medo nessa jornada onde tudo pode acontecer para melhor ou para pior.

Bom, foi uma grata surpresa a leitura desse livro: uma mistura de magia arcana, muito humor e ao mesmo em tons dramáticos e sombrios.
A escrita da autora é leve, divertida, criando um mundo de fantasia tropical numa misturas de raças, magia e especiarias fugindo bastante do estilo medieval europeu. Os personagens são cativantes, misteriosos e engraçados (principalmente os piratas do Giggling Goat) porém, há defeitos na obra.
Apesar do desfecho surpreendente, a finalização da história em particular foi apressada. Me pareceu incompleto com muitas pontas soltas do meio pro final da história deixando o leitor meio confuso.
A autora conseguiu a façanha de criar algo tão criativo e complexo em pouco mais de 134 páginas, mas ao mesmo tempo há muitas sobras e explicações dando aquela sensação de que faltou mais alguma coisa. Torço para que ela continue escrevendo essa história, pois tem tudo para se tornar uma ótima série de fantasia.
Mas, recomendo a leitura por ser rápida, representativa, divertida e interessante (principalmente pelo sistema de magias).

E fica a dica: se arrisque sempre com as capas bonitas, às vezes dá muito certo.



"Quando seu peito começou a subir e descer no ritmo das ondas, ela começou a sentir o clima em seu corpo. O porto estava banhado pelo vento que ela havia chamado no dia anterior - mas aqui, o ar estava um pouco mais lento. Gasto. Shina franziu a testa enquanto enchia seus pulmões, e quando ela exalou, lançou sua mente o mais longe que pôde ao longo dos filamentos de si mesma que permaneceram no vento."

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Mitologia Nórdica

Mitologia Nórdica

Escrito por Neil Gaiman (Sandman, Deuses Americanos, Coraline, The Books of Magic e outros) e publicado em 2017 pela editora Intrínseca - o livro apresenta as principais histórias relacionadas aos deuses da cultura nórdica.
Relatos como a criação do mundo, dos deuses e as aventuras mais incríveis são divididas em quinze histórias em que o autor descreve todas elas de maneira magistral.


Obviamente que no livro não há nem um terço das histórias existentes dos mitos escandinavos, mas Gaiman coloca as que tem mais impacto e relevância, tanto em termos humanos ou fantásticos.

Odin, Thor, Loki, Freya e outros deuses até pouco desconhecidos invadem a nossa imaginação em histórias e lendas que encantam, divertem e espantam pela beleza poética e pela narrativa envolvente.

Todas as quinze histórias prendem a nossa atenção e a leitura voa, mas eu destaco "O Mestre Construtor", "As maçãs da imortalidade" e "Ragnarök: O destino final dos Deuses", pois são incrivelmente perfeitas. Daí já vemos a grande influência que os autores de fantasia buscam nas lendas e magias dos deuses nórdicos: a dualidade entre a divindade imperfeita e a jornada épica.

Realmente é um excelente livro para se ler e reler e depois contar para seus filhos, filhas, netos, bisnetos e assim por diante.



"Tentei me imaginar muito tempo atrás, nas terras onde essas histórias foram contadas pela primeira vez, durante as longas noites de inverno (...), cercado por pessoas que queriam saber o que mais Thor fez, o que era o arco-íris, como levar a própria vida e de onde vem a poesia ruim."

Neil  Gaiman

sábado, 16 de maio de 2020

O Dragão de Sua Majestade

O Dragão de Sua Majestade
Lançando em 2010 pela editora Galera Record, a história se passa durante as guerras napoleônicas, onde o capitão da Marinha Real Britânica, Willian Laurence captura um navio francês e encontra um ovo de dragão.



Quando o mesmo nasce, Laurence lhe dá o nome do navio que comanda: Temeraire.

Logo surge uma improvável amizade entre eles. Improvável porque neste mundo, os dragões são criaturas inteligentes, de várias raças, tamanhos e por isso são usados como armas de guerra e tratados como tal.

Com Laurence e Temeraire os laços de companheirismo é tão forte que o capitão chega a comprar livros de Matemática, História e Filosofia para que Temeraire possa saciar sua curiosidade sobre assuntos gerais e humanos. 
Há batalhas históricas (mas com dragões!) e também citações a personagens históricos como Lorde Nelson e Napoleão Bonaparte, o que enriquece ainda mais o enredo. 
A escrita da autora é bem detalhista, mas cansa um pouco quando narra alguns fatos familiares de Laurence, deixando a narrativa muito lenta. 
O ponto alto do livro são realmente as batalhas que são de tirar o fôlego, com lutas dramáticas e sangrentas. A mistura de fragatas de guerra lutando lado a lado com esquadrões de dragões é inimaginável.

Uma leitura de fantasia histórica que recomendo sem medo.
Ah, Peter Jackson comprou os direitos do livro e quem sabe já não apareça nas telonas em breve?




"Em seu coração, o capitão compartilhava da simplicidade do ponto de vista de Temeraire quanto a esse assunto, e adormeceu quase que imediatamente na segurança das lentas e profundas batidas do coração de Temeraire, tão parecidas com o som infinito do mar."

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A Rainha do Ar e das Sombras

A Rainha do Ar e das Sombras
Da saga O Único e Eterno Rei - Volume II, a história é direcionada para a bela e fútil Morgause, meia-irmã de Arthur, irmã de Morgana, filha do Conde da Cornualha e de Igraine, mãe de Arthur. Além de feiticeira e esposa do Rei Lot, é também mãe de quatro filhos: Gawaine, Agravaine, Gaheris e Gareth. Criados ao léu, sem noção do que é certo ou errado, os meninos tentam de tudo para agradar e chamar a atenção da mãe, às vezes de maneira cruel. 

Além deles, há outros personagens bem interessantes como São Toirdealbach, um santo caído, dado a bebida e tutor dos filhos de Morgause e Sir Palomides, um cavaleiro sarraceno que vive grandes aventuras (na maioria cômicas) com o Rei Pellinore junto com a Besta Gemente.


Já Arthur está em guerra com os gaélicos.O Rei se torna um grande combatente e estrategista, porém ingênuo em algumas situações. Também vemos como e porque a Távola Redonda foi criada. Merlin nos explica porque todas as guerras são injustas exceto uma, e nos faz descobrir qual é a única razão que justifica um reino se erguer contra um outro. Mas há um problema grave: com tantas idas e vindas no tempo, Merlin anda esquecido. Ele sabe que deveria dar a Arthur uma informação importantíssima, mas não se lembra o que é.


Bom, neste segundo volume, T. H. White nos brinda com uma história repleta de humor refinado e passagens medievais deslumbrantes. O anacronismo ainda continua presente com destaque nas ações de Arthur, Merlin e Morgause.O livro é bem curto (tem apenas 152 páginas) porém é intenso, divertido e nos deixa com aquela típica expectativa de que algo está por vir e que será mais empolgante e trágico ao mesmo tempo. O destaque maior ainda são as artes de Alan Lee que com seu magnífico traço, mostra todo o sentimento e beleza dos personagens e do cotidiano medieval.



"A rainha saiu silenciosamente da cama e foi até sua arca. Desde que o exército voltara, tinham lhe falado sobre Arthur - sobre sua força, charme, inocência e generosidade.  Seu esplendor ficara óbvio, mesmo através da inveja e suspeitas daqueles que ele havia derrotado. Também falaram de uma moça chamada Lionore, a filha do Duque de Sanam, com quem o jovem supostamente tinha um romance.  A Rainha abriu sua arca na escuridão e se aproximou do raio de luar que entrava pela janela, segurando alguma coisa em suas mãos."

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O Dragão de Gelo

O Dragão de Gelo
Publicado pela Editora Leya em 2014, o livro conta a história de uma menina chamada Adara que nasceu num inverno muito rigoroso que assolou as Terras do Norte. 
Assim, durante o início da sua infância, os períodos de frio são os melhores dias da sua vida em que ela se sente conectada a natureza selvagem e mágica do inverno até quando ela se depara com um dragão de gelo, iniciando assim um inusitado elo de amizade
A obra é muito bem escrita, simples e detalhada. Em pouco mais de 90 páginas, Martin conseguiu a medida certa entre o sentimento infantil junto com a melancolia do inverno dando ares quase góticos a história. Mesmo sendo classificada como infanto-juvenil, ela é uma leitura para todas as idades. 

Uma outra curiosidade marcante desse livro são as referências que alguns fãs colocaram em relação ao mundo das Crônicas de Gelo e Fogo. Mesmo não citando lugares, cidades ou reis da época, alguns fãs especularam que a história poderia ser em algum lugar da Antiga Valíria ou até mesmo no Norte de Westeros bem antes de surgir Winterfell, mas o próprio autor já cortou todas essas teorias e a colocou apenas como "uma história infantil sobre a amizade".
Vale ressaltar a magnífica e espetacular arte do ilustrador espanhol Luiz Royo que captou em cada traço a delicadeza infantil de Adara junto com magia e ferocidade do dragão.
Para quem gosta de dragões, um item obrigatório na sua estante.



terça-feira, 20 de agosto de 2019

Nemesis - Isaac Asimov

Nemesis - Isaac Asimov
No século XXIII, os pioneiros escaparam da Terra superlotada por uma vida em colônias orbitais autossustentáveis. Uma das colônias, Rotor, se separou do sistema solar para criar sua própria utopia renegada em torno de uma estrela vermelha desconhecida a dois anos-luz da Terra: uma estrela chamada Nemesis.
Agora, uma garota rotoriana de 15 anos de idade descobre a terrível ameaça que Nemesis representa para o povo da Terra - mas ela é impedida de avisá-los. Logo ela vai perceber que Nemesis também ameaça o Rotor. E logo ela terá que salvar tanto a Terra quanto a Rotor - ambos atraídos inexoravelmente por Nemesis, a estrela da morte - em direção a um desastre iminente.


O autor fugiu dos temas antigos que o consagraram como Fundação, Robôs e Império. Ele mesmo dá essa nota no prefácio, mas para os que já leram essas obras vai encontrar alguma coisa aqui ou ali (principalmente na trilogia Fundação), mas nada que atrapalhe ou confunda a leitura. 
No início ela é bem lenta, mas depois deslancha de maneira correta deixando as explicações científicas e tecnológicas bem convincentes e proféticas, assim como as descrições das colônias orbitais que me fizeram lembrar bastante do filme "Elysium" de 2013.
A parte mais romântica da obra talvez não tenha me agradado muito, mas se tornou necessária para que tudo se encaixasse de maneira pelo menos convincente.
Foi muito bom ler algo bem diferente que Asimov costumava a escrever dentro da ficção científica nos deixando com aquela sensação boa de quando fechamos o livro e ficamos com o pensamento a divagar no futuro, na simplicidade das palavras e no contexto da obra. Por causa das questões interessantes que ele levanta (como a superpopulação e as desigualdades sociais), o livro é obrigatório para quem gosta de uma história Sci-Fi com emoção e inteligência.