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segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Senhor dos Anéis - 70 anos de A Sociedade do Anel.

O Senhor dos Anéis 

Publicado originalmente em 29 de julho de 1954, o livro traz uma jornada épica que se desdobra nos dois volumes seguintes : "As Duas Torres" e "O Retorno do Rei".

A história começa no pacífico Condado, onde o hobbit Frodo Bolseiro herda de seu tio Bilbo um anel aparentemente comum. Logo se descobre que este anel é, na verdade, o Um Anel, artefato de imenso poder criado pelo Senhor das Trevas, Sauron. O anel possui a capacidade de controlar todos os outros Anéis de Poder e, nas mãos de Sauron, pode trazer a destruição da Terra Média. 

Para impedi-lo, um conselho é formado em Valfenda, onde representantes de várias raças da Terra Média decidem que a única solução é destruir o Um Anel, jogando-o nas Chamas da Montanha da Perdição, onde foi forjado.


Bom, tendo uma vasta riqueza de personagens, detalhes minuciosos na ambientação e construção do mundo, A Sociedade do Anel em si possui como essência a Coragem, a Amizade, o Poder, a Tentação e a Luta entre o Bem e o Mal - estabelecendo assim um marco significativo na literatura fantástica mundial.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

132 anos de J. R. R. Tolkien

Tolkien - A Biography 

Dica boa neste dia é ler a sua biografia autorizada - Tolkien: A Biography, escrita por Humphrey Carpenter e originalmente publicada em 1977.

Ele retrata um homem que viveu com a modéstia de um hobbit, desfrutando dos prazeres do lar, mas envolvido em uma história verdadeiramente grande na qual desempenhou um papel muito significativo na literatura fantástica.

#leiatolkien


P.S.: Esta é a minha cópia da primeira edição publicada pela Ballantine Books em setembro de 1978.

Tolkien - A Biography 

sábado, 25 de março de 2023

Tolkien Reading Day

A Queda de Artur












"Então Mordred mui alto sem humor se ri.

Ouvem-se suas ordens. Acres as trompas.

Queimam fogueiras, ergueram-se estandartes,

as costas ecoam, nos escudos batem lanças.

A guerra acorda, o desgosto na Bretanha.

Artur retorna à sua terra própria,

com poder e majestade altivo vem 

a Romeril onde chorando, correndo lento

um córrego alcança a costa do mar."


𝐴 𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑟𝑡𝑢𝑟

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

A Queda de Artur

A Queda de Artur

Publicado originalmente em 2013, A Queda de Artur, é a única incursão de Tolkien nas lendas do rei Artur. 

Aqui ele narra de maneira aliterante a expedição do grande rei a longínquas terras selvagens, a fuga de Guinevere de Camelot, a grande batalha naval na volta de Artur à Grã-Bretanha, a descrição do traidor Mordred e as dúvidas que atormentavam Lancelot em seu castelo francês.

Os cavaleiros da Távola Redonda também aparecem em meio a campanha de Artur contra os romanos como Gawain, Gareth, Gaheris, Bedivere e Bors.


O livro mostra além do prefácio, notas sobre o texto, o poema na tradição arturiana, o poema não escrito e sua relação entrelaçada com O Silmarillion (sobre Tol Eressëa e Númenor), a sua evolução e finaliza com o Apêndice relacionando a poesia em inglês antigo e seus arcaísmos.


Bom, esta edição dá uma ótima visão da maestria linguística de Tolkien. 

Composto em versos aliterantes, comuns na tradição germânica - anglo-saxã, nórdica - o poema possui ares épicos, heróicos e mesmo estando inacabado, traz a beleza típica da escrita métrica e antiga. 

Para os iniciados pode-se achar estranho e extremamente difícil acompanhar a leitura do poema. Até porque é uma escrita aliterante que possui um vocábulo pouco peculiar, onde originalmente (na Idade Média) eram declamados, não escritos, pelos menestréis e bardos. Eles usavam esses recursos fonéticos para ligar os versos entre si e proporcionar um sentido de continuidade aos ouvintes.

E o resultado final é que Tolkien criou (mesmo incompleto) um poema lendário e histórico.

Vale destacar a luta de Christopher Tolkien, que nesta presente obra foi editor do texto e que teve um árduo trabalho de reunir fragmentos (entre pedaços de papéis e rascunhos quase inteligíveis) que seu pai deixou e trouxe uma edição mais enxuta e acessível, principalmente para os leitores habituados na mitologia da Terra-Média.

A versão da publicação brasileira – traz uma edição bilíngue com a tradução perfeita do incrível Ronald Kyrmse – e a versão original. 

Mas é recomendável a leitura? Sim. 

Mesmo para aqueles que são fãs de O Hobbit e O Senhor dos Anéis e que não estão acostumados com o estilo aliterante do poema, a obra vale (e muito) pela genialidade de Tolkien e beleza quase mágica da poesia arturiana.



"Destarte fica Artur montado na baixamar.

Contempla sua terra e triste anseia

por rever outra vez a verde grama,

andando à vontade quanto dure o mundo;

pra que sinta o sal, o seu aroma

com perfume de vinho, vento de trevo

que germina junto ao mar em gramado de sol,

escutar da cristandade os badalos agudos

de sinos que oscilam aprazíveis na brisa,

um príncipe de paz que impera e reina

ao pé da porta aberta do Paraíso."