Mostrando postagens com marcador épico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador épico. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A Roda do Tempo - A Grande Caçada


Venho aqui mostrar mais um livro dessa saga incrível escrita por Robert Jordan (1948-2007).
Se no primeiro livro (O Olho do Mundo) foi mostrado o mundo fantástico de A Roda do Tempo com suas lendas e profecias; aqui neste segundo livro (A Grande Caçada) a história toma um rumo alucinante e original.

Com um início bem vagaroso, apesar de ter adorado a introdução, o livro se transforma numa alucinante caçada em busca não só da Trombeta de Vere - um artefato usado para convocar heróis há muito mortos de volta do túmulo- mas também da Adaga de Shadar Logoth. 

Daí pra frente os personagens são expostos a diretrizes diferentes: Rand, Mat, Perrin e o Ogier Loial (aqui ele ganhou minha admiração prá sempre!) partem para ação, enquanto Egwene e Nynaeve vão à Torre Branca para se tornarem Aes Sedai. 
O final foi uma das coisas mais legais que eu já li nos últimos tempos e já me deixou tentado a ler logo o terceiro livro (ainda não tenho, mas vou ter que me virar para arrumar logo).
A escrita continua beemmm detalhista, mas fácil e fluida. As descrições dos lugares ainda são intensas e espetaculares (o autor dá um show!) e o crescimento, amadurecimento e questionamentos dos personagens é mais nítido, constante, coeso.


“A Trombeta não pode cair em mãos erradas, especialmente nas mãos de Amigos das Trevas. Aqueles que atenderem a seu chamado virão em auxílio daquele que portá-la, não importa quem seja, e obedecem a ela, não à Luz."

O Cliclo das Trevas - O Protegido

"Ao cair da noite, eles surgem por todos os lados, famintos por carne humana, demônios de areia, de vento, e até de pedra, conhecidos como terraítas. Depois de séculos, a humanidade definhou e se tornou refém da escuridão. Arlen, Leesha e Rojer, jovens sobreviventes, atrevem- se a lutar e encarar as trevas. O jovem Arlen recebe ensinamentos de um mensageiro e descobre que o medo, mais que os demônios, é o mal a ser combatido. Leesha tem a vida destruída por uma simples mentira e se torna ajudante de uma velha e misteriosa ervanária. É o destino de Rojer muda para sempre quando um menestrel chega a sua vila com uma rabeca. Juntos, eles podem oferecer ao mundo uma última, e fugaz, chance de sobrevivência."



Ciclo das Trevas - O Protegido, escrito pelo americano Peter V. Brett é uma obra de fantasia obscura, mágica, com a típica "jornada do herói" num mundo onde os problemas individuais se misturam com os do sobrenaturais.
Aqui nós acompanhamos a vida distinta de três jovens (Arlen, Leesha e Rojer) que vivem em lugares diferentes enfrentado as dificuldades cotidianas, pessoais e improváveis, mas todos com um porém: o medo. Medo do desconhecido. Da escuridão. Dos demônios (terraítas) que usam a noite para poder atacar e se alimentar de carne humana. E para se defenderem dos demônios, as pessoas usam símbolos de proteção para tipos específicos de demônios (da terra, madeira, rocha) desenhado da maneira certa e específica pois caso o menor erro no símbolo pode significar a vida e a morte nas mãos dos terraítas.

O livro é uma fantasia dark bem escrita, rica em detalhes minuciosos e com ares orientais. 
Os personagens são bem desenvolvidos e apesar de Arlen seja o protagonista da trama, meu destaque vai para Leesha - a história dela é interessante, tensa, violenta e com reviravoltas bem polêmicas, mas que enriquece o enredo com uma boa dose de superação e crescimento interior. 
Vale também destacar a belíssima qualidade gráfica do livro que é simplesmente linda na qual a DarkSide caprichou imensamente. 

Então para aqueles que gostam de fantasia com suspense, magia e aventura; a saga Ciclo das Trevas é a pedida.

terça-feira, 19 de março de 2019

Dragonlance - The Annotated Chronicles



Para os ávidos fãs dos livros de Dragonlance, os autores Margaret Weis e Tracy Hickman, introduziram The Annotated Chronicles, uma coletânea em volume único editado por Jean Blashfield Black, que inclui todos os três primeiros livros das crônicas - Crepúsculo do Outono, Noite de Inverno e Alvorada da Primavera (Dragons of Autumn Twilight; Dragons of Winter Night; Dragons of Spring Dawning). 

No prólogo, Hickman explica as raízes dos romances no RPG original, Dungeons & Dragons, bem como comentários dos membros originais da equipe conceitual de Dragonlance

Em primeiro lugar, vale lembrar que as notas fornecem uma grande quantidade de informações básicas, o por quê as decisões foram tomadas, como os personagens cresceram e o processo de pensamento que levou à criação de vários pontos da trama, ou seja, é uma visão dos dois autores sobre a história em si. 
Há alguns trechos do livro bastante interessantes que levam em conta o roteiro, cronogramas e dando ao mundo a sua criação de um universo único e peculiar. Conseqüentemente os autores vão inserindo os leitores à um senso de tempo, de que eles não estão apenas sendo lançados em um novo mundo sem âncoras, mas para torná-lo vivo, real. 


 É uma boa leitura,  mas recomendado especialmente para os fãs. 




sexta-feira, 8 de março de 2019

Melokai - In The Heart of the Mountains


Melokai é o primeiro livro de uma nova trilogia de fantasia intitulado "No Coração das Montanhas". 
A autora britânica Rosalyn Kelly conta a história de Ramya, uma governante bem-sucedida de Peqkya, uma nação de mulheres guerreiras que vive nas Montanhas, e lá os homens são mantidos como servos e doadores de prazeres.

Há alianças entre os feudos de Ramya e o jogo político se perpetua ao longo da história com rebeliões, conspirações e uma profecia que pode virar o jogo para melhor ou pior. Pode-se dizer que a capa me chamou a atenção (que por sinal é linda!) e achei que obra fosse para jovem-adulto, mas na verdade é uma fantasia sombria e extremamente violenta. Há violência de todos os tipos (estupro, tortura, dilacerações) e tudo salpicado de momentos soberbos de humor negro, ou seja, só para os mais fortes. 

Por outro lado a autora tem um talento impressionante para a construção do mundo que criou com vários reinos, tendo cada um com sua própria cultura e peculiaridades. Estes incluem o acima mencionado, Peqkya; o reino do deserto de Drome; um país medieval chamado Fertilian; o mundo tropical de Juta, povoado por pigmeus; e as montanhas de Zwullfr onde os Lobos vivem. 

Enquanto aos personagens não há categorias óbvias de mocinhos e bandidos, embora Ammad (Príncipe de Drome) seja mimado e tenha em sua mente um certo sadismo (achei muito parecido com Joffrey Baratheon). Há também Violya; uma guerreira com habilidades mágicas, e é claro a protagonista Ramya com sua postura firme, altiva e às vezes arrogante.

Se você ama mundos elaborados de fantasia, magia, batalhas brutais, intrigas e criaturas e seres híbridos, pode encarar Melokai... sem medo!




sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A Roda do Tempo - O Olho do Mundo



Em um Universo no qual trevas e redenção são igualmente temidas, vive Rand al’Thor, um jovem de uma pacata vila na região de Dois Rios.   É a época das celebrações de final de inverno – o mais rigoroso das últimas décadas – e, mesmo na agitação que antecipa o festival, chama à atenção a chegada de uma misteriosa forasteira.

Quando a vila é invadida por bestas que para a maioria dos homens pertenciam apenas ao universo das lendas, a mulher não só ajuda Rand e seus amigos a escapar dali, como também os conduz àquela que será a maior de todas as suas jornadas.  A  desconhecida é uma Aes Sedai, artífice do poder que move a Roda do Tempo, e acredita que um dos jovens seja o profético Dragão Renascido – aquele que poderá salvar ou destruir o mundo.



A obra lançada pela editora Intrínseca em 2013 se assemelha muito com O Senhor dos Anéis, mas nada que atrapalhe ou desvalorize a escrita, por que ela em si é única. A ação e o suspense são bem cadenciados e o desenrolar da trama vai aparecendo aos poucos, com muitas reviravoltas, relatos relacionados a pesadelos constantes e descrições milimetricamente detalhadas das montanhas, vales e cidades, assim como outros povos, criaturas (os Trollocs), as lendas, mitos e profecias que envolve a Roda do Tempo.

O livro é cheio de referências a culturas e religiões orientais (principalmente em nomes, lugares e citações) e toda linha de personagens são incrivelmente cativantes e de fácil entendimento.

Para quem gosta de grandes sagas literárias, essa é a pedida. Recomendo e muito!



“E a Sombra caiu sobre a terra, e o Mundo foi despedaçado, pedra por pedra.  Os oceanos recuaram, as montanhas foram engolidas, e as nações se espalharam pelos oito cantos do Mundo.  A lua era como o sangue, e o sol, como cinzas.  Os mares ferveram, e os vivos invejaram os mortos.  Tudo se fez em pedaços , e tudo se perdeu, a não ser a memoria, e uma delas acima de todas, a daquele que havia trazido a Sombra e a Ruptura do Mundo.  E a ele deram o nome de Dragão.”

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A Canção dos Shenlongs





Os tempos mudaram. A ascensão do Império de Housai obrigou os monges guerreiros shenlongs a se isolarem cada vez mais. Com o passar dos anos, os Quatro Templos sagrados se tornaram seu último refúgio. Os Antigos se foram. Seus descendentes desapareceram. Aqueles que resistem à nova ordem estão enfraquecidos.

Por mais de mil anos, o Templo da Montanha, Shanjin, se manteve firme em Linshen. E para Mu, Shanjin é sua casa. Chegou ao templo ainda criança junto de seu irmão, Ruk. E quando Ruk é expulso da ordem monástica, Mu vive o conflito entre a dor da perda e se manter como um shenlong, fiel aos ensinamentos e o caminho de retidão.

Os problemas se agravam quando um espadachim misterioso traz a notícia da grande ameaça que pode abalar os Quatro Templos. O exílio não durará. Agora, os shenlongs de Shanjin devem reforçar suas defesas e se preparar para o combate. Pois, desta vez, nem a Barreira será suficiente para protegê-los.
Em a Canção dos Shenlongs, Diogo Andrade introduz um universo ficcional elaborado com suas próprias regras, leis, deuses, religiões e relações de poder, que transportam o leitor para uma realidade de grande imaginação e totalmente incrível.


A sinopse do e-book já resume tudo.
Realmente é uma obra literária única com sua linguagem simples, direta e eficaz. A história em si é extremamente envolvente, nos deixando ansiosos por saber mais e mais sobre a cultura oriental dos monges, dos lugares, religião, deuses, etc.
A arte que ilustra a história também é muito bem feita e nos dá uma noção do que é estar num mundo medieval no extremo Oriente.
A trama é bem trabalhada, com pitadas de anime (Dragonball) e mangá, mas contada de maneira bem original, já que não encontramos muito na literatura fantástica histórias com temas orientais.
O autor trabalhou muito bem na sua escrita esse lado místico dos templos shaolins, budistas e não temos outra alternativa senão esperarmos pela continuação desse épico maravilho, e dê preferência que seja em um livro físico.


Recomendo.


"O verdadeiro adversário de um shenlong surge no reflexo da água. Nossa maior batalha não é contra os demônios do mundo, mas sim contra aqueles que trazemos no coração".



Email: diogo.sdeandrade@gmail.com
Instagram.com/diogosdeandrade

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A Morte do Rei Tsongor



No coração de uma África ancestral, o velho Tsongor, rei de Massaba, soberano de um imenso império, prepara-se para casar a filha. 
No dia do casamento, porém, surge um outro pretendente.   
Começa então uma guerra. 
Como Tróia sitiada, Massaba resiste; como Tebas, torna-se presa do ódio.  
O rei morre, mas não pode descansar em paz na cidade devastada.

Seu filho mais novo Suba, recebe a missão de percorrer todo o continente a fim de construir sete túmulos a imagem do que fora o venerado - e também execrável - rei Tsongor.  Sete túmulos para enterrar as setes faces do inconsolável rei morto: Tsongor, o Glorioso, O que Edifica, O Destemido, O explorador, O Guerreiro, o Pai, o Assassino e, enfim, o homem que busca o descanso.
 
A força evocada pelas cenas dos combates incrível a descrição das tropas e dos clãs que participam das batalhas), aliada a poesia da caminhada que muda o destino de Suba, perpetua uma tradição oral extraída do imaginário coletivo para questionar a origem.

Este livro, escrito pelo escritor francês Laurent Gaudé é um grande romance épico que  revela numa linguagem envolvente todas as faces da bravura, a beleza exuberante dos heróis, mas também a insidiosa manifestação da derrota em cada um deles.  Pois todos de algum modo descobrem em si a infâmia e a vergonha.  Essa é a verdade escondida, a que se impõe para além dos assomos do coração e das leis do clã.  Talvez seja essa mesma a essência da tragédia.

Envolvente em sua trama e nos busca a pensar como o ser humana é vulnerável as adversidades mais simples da alma.

Recomendo.

"Tsongor virou-se.  Olhou a filha.  Tudo o que empreendera nos últimos meses fora para as bodas de Samília.  O dia do casamento tornara-se sua obsessão como rei e pai.  Tudo precisava estar pronto.  Tinha de ser a mais bela festa já vista pelo império.  Para isso empenhara-se incansavelmente.  Sonhava dar a filha um esposo e, pela primeira vez, unir seu império a outro sem guerra, sem conquista.  Pensara em cada detalhe da festa.  passara noites em claro.  Chegou afinal o dia, e um acontecimento imprevisto pôs todo em xeque."