sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Orlando e o Escudo da Coragem

Orlando e o Escudo da Coragem
Orlando estaria destinado a ser um cavaleiro se não tivesse nascido com um talento especial: ele tem sonhos e intuições que, às vezes, o levam a trilhar caminhos improváveis. 
Isso o faz insistir no treinamento de um falcão vesgo, mesmo indo contra os conselhos de seu irmão mais velho, com quem todos adoram compará-lo.
Quando esse irmão viaja para participar de um torneio, Orlando o acompanha como escudeiro, aventurando-se nas terras misteriosas conhecidas como Colinas Negras.

 Lá, um encontro inesperado dá início a uma série de confusões, levando o menino a enfrentar desafios que não apenas exigirão força e habilidade, mas também irão testá-lo de maneiras que jamais teria imaginado.



Ganhador do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2019, o livro é da escritora carioca Ana Lucia Merege e vem do universo fantástico de Athelgard (criado pela própria autora).
Publicado pela Editora Draco em meados de 2018, o livro nos surpreende com uma história muito bem elaborada, sensível e cativante.
Merege descreve muito bem (e com competência) toda a áurea medieval que a narrativa contém com suas ambientações, cidades e costumes de cavalaria. Também vale destacar a arte magnífica de Erick Samma que abrilhanta ainda mais a obra.
A história mesmo sendo dedicada aos leitores infanto/juvenil, ela pode (e deve) ser estendida a todos aqueles que gostem de uma obra fantástica divertida, rápida e inspiradora. 
O livro é um excelente exemplo para mostrar não só ao jovem, mas a todos que forem ler o verdadeiro valor da bondade, humildade e acima de tudo a nobreza e coragem das ações justas.


Recomendo.


"Onde a vida prometesse uma aventura, lá estaria ele, empunhando o Escudo da coragem, pronto a seguir o chamado do falcão mensageiro."







terça-feira, 20 de agosto de 2019

Nemesis - Isaac Asimov

Nemesis - Isaac Asimov
No século XXIII, os pioneiros escaparam da Terra superlotada por uma vida em colônias orbitais autossustentáveis. Uma das colônias, Rotor, se separou do sistema solar para criar sua própria utopia renegada em torno de uma estrela vermelha desconhecida a dois anos-luz da Terra: uma estrela chamada Nemesis.
Agora, uma garota rotoriana de 15 anos de idade descobre a terrível ameaça que Nemesis representa para o povo da Terra - mas ela é impedida de avisá-los. Logo ela vai perceber que Nemesis também ameaça o Rotor. E logo ela terá que salvar tanto a Terra quanto a Rotor - ambos atraídos inexoravelmente por Nemesis, a estrela da morte - em direção a um desastre iminente.


O autor fugiu dos temas antigos que o consagraram como Fundação, Robôs e Império. Ele mesmo dá essa nota no prefácio, mas para os que já leram essas obras vai encontrar alguma coisa aqui ou ali (principalmente na trilogia Fundação), mas nada que atrapalhe ou confunda a leitura. 
No início ela é bem lenta, mas depois deslancha de maneira correta deixando as explicações científicas e tecnológicas bem convincentes e proféticas, assim como as descrições das colônias orbitais que me fizeram lembrar bastante do filme "Elysium" de 2013.
A parte mais romântica da obra talvez não tenha me agradado muito, mas se tornou necessária para que tudo se encaixasse de maneira pelo menos convincente.
Foi muito bom ler algo bem diferente que Asimov costumava a escrever dentro da ficção científica nos deixando com aquela sensação boa de quando fechamos o livro e ficamos com o pensamento a divagar no futuro, na simplicidade das palavras e no contexto da obra. Por causa das questões interessantes que ele levanta (como a superpopulação e as desigualdades sociais), o livro é obrigatório para quem gosta de uma história Sci-Fi com emoção e inteligência.



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Medieval - Contos de uma Era Fantástica

Medieval - Contos de uma era fantástica
O período conhecido como Idade Média nos legou incríveis narrativas povoadas de seres mágicos, fadas,bruxas e encantamentos.

E foi esse imaginário que inspirou os autores de Medieval - Contos de uma Era Fantástica a contar suas histórias. Das cruzadas às invasões vikings, passando pela Espanha mourisca, Oriente Médio,China e pelo Japão dos samurais, todos os contos são ambientados em lugares do mundo real - um tempo em que o fantástico e o maravilhoso se mesclavam naturalmente aos eventos do cotidiano. com este livro você viajará para essa época onde sempre se imaginam os mais incríveis mundos da fantasia.


Organizado pelos especialistas em Idade Média e Ficção Histórica,  Ana Lúcia Merege e Eduardo Kasse, o livro contem nove contos de excelente qualidade, tanto na base narrativa quanto no quesito História.
As descrições de cada lugar onde se passa as histórias são incríveis, pois não ficamos apenas nos castelos e fortalezas européias, mas também nas paisagens longínquas do Oriente e no dia a dia das grandes cidades e comércios medievais, já que havia outros povos vivendo naquele período. Além disso todos os nove contos são cheios de magia, mitologia, seres fantásticos e lutas que dão um toque todo especial a obra.
Vale ressaltar e parabenizar a Editora Draco pela belíssima arte gráfica da capa e das ilustrações medievais contidas dentro livro, deixando-o com ares de antigo.

Fico muito feliz em saber que existem livros assim aqui no Brasil e também em saber que ainda há muito mais por vir nesse estilo literário.



Mais que recomendado: Um item OBRIGATÓRIO para a sua biblioteca!





Lista de Contos Medievais:


- Erva Daninha - Melissa de Sá

- O Desejo de Pungie - A.Z. Cordenonsi

- A Clareira Mágica - roberto de Souza Causo

- Sacrifício - Eduardo Kasse

- Kitsune - Erick Santos Cardoso

- A Dama Negra e a donzela de Palha - Nikelen Witter

- O Grande Livro do Fogo - Ana Lúcia Merege

- A Flor Vermelha - Karen Alvares

- Lenora dos Leões - Helena Gomes




quarta-feira, 31 de julho de 2019

Beowulf

Beowulf
Primeiro poema épico da Europa ocidental Beowulf é considerado até hoje uma das obras-primas da literatura inglesa. Escrito no dialeto anglo-saxão entre os anos 700 a 750 d.C. narra as aventuras do herói Beowulf membro da tribo dos geats (localizada ao sul da Suécia) que ao longo dos anos expõe a sua vida para defender os valores da coragem e da lealdade antecipando assim os rígidos códigos de honra que dominariam a Europa durante toda a Idade Média. Sua 'gesta' heróica compõe-se de três desafios sangrentos dos quais os dois primeiros ele buscará apenas como uma forma de satisfazer a sua sede de aventura além de provar o valor do seu braço. Um herói destemido o bastante para enfrentar três dos mais ferozes monstros criados pela imaginação humana em três duelos sucessivos e vertiginosos - eis o que o leitor encontrará nas páginas deste vibrante romance adaptado do clássico poema medieval inglês 'Beowulf'. Considerado por J. R. R. Tolkien e pela maioria dos amantes da literatura heróica como uma das mais perfeitas e empolgantes criações do gênero a saga de 'Beowulf' praticamente desconhecida no Brasil vem sofrendo nos últimos anos uma revitalização intensa graças a traduções e adaptações de todo o gênero - inclusive cinematográfica com duas versões recentes de grande sucesso.


Logo no início da história vemos o confronto contra o monstro Grendel, uma espécie de ogro dos pântanos que, após covarde morticínio, se apossa do salão de festas do rei dinamarquês Hrothgar. 
No segundo duelo, vemos Beowulf às voltas com a irada progenitora do primeiro monstro, que surge do mesmo pântano sedenta de vingança. 
Já o terceiro e último enfrentamento se dá com um dragão, que, por conta de um furto de uma peça do seu tesouro. Ele surge das profundezas de sua caverna disposto a devastar o reino de Beowulf.


Bom, o livro é uma ótima leitura e isso se deve a A. S. Franchini e Carmen Seganfredo que recriaram e sintetizaram de maneira inteligente para que a narrativa se torna-se fluida e envolvente. Para os que não conhecem, o poema de Beowulf foi escrito no original anglo-saxão (são 3.182 versos) por um monge cristão no século VIII, dando a forma pela qual é hoje conhecida. 
Com essa excelente versão resumida, podemos ler a saga com muito mais âmbito mitológico e ver o seu verdadeiro contexto literário que constitui no paganismo nórdico.


Recomendo.



segunda-feira, 22 de julho de 2019

WetWorks


WetWorks 
Oriundos da fase de ouro da Image Comics na década de 90 o super grupo de heróis, Wet Works são bem desconhecidos por aqui.

 A história deles é sobre uma equipe secreta de soldados altamente aprimorados com simbiontes dourados que lutam contra forças sobrenaturais com muita ação, high-tec e violência.
A armadura dourada a que cada membro está unido dá-lhes maior força, invulnerabilidade limitada e uma ligação mental entre si, assim como vários poderes individuais.

Os simbiontes de ouro fornecem vários aprimoramentos físicos à equipe. Todos eles são a prova de bala, capazes de resistir a explosivos diretamente em seus corpos e milhares de perfurações incendiárias e de sentir dor, além de terem sua força aumentada para pelo menos serem capazes de levantar toneladas como se fossem penas. 
Os simbiontes também aumentam seus reflexos e velocidade e os impedem de se cansar. Seus corpos são mantidos em temperatura confortável e constante, apesar do ambiente externo e eles não precisam mais de comida. Os simbiontes fornecem a equipe um link telepático e, de alguma forma, são capaz de se vincular instintivamente a armas para facilitar o uso. 





Criado por Whilce Portacio (X-Men, X-Factor, Spawn) e escrito por Brandon Choi (Gen 13, WildC.A.T.s) a série durou apenas quatro anos antes de terminar em 1998. Em seguida uma segunda fase foi escrita por Mike Carey (X-Men e Hellblazer), com Portacio fazendo a arte que se iniciou em 2006 e teve seu término em 2008.
Atualmente o grupo está na Wildstorm de Jim Lee e não há nenhum retorno confirmado, apenas algumas participações no cruzamento "Convergência" da DC Comic, confrontando com o Batman e Azrael.

WetWorks - Batman - Azrael

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada
"A Inglaterra está em paz, dividida entre o Reino Dinamarquês ao Norte e o Reino Saxão de Wessex, ao Sul. Uhtred, órfão da Nortúmbria, parece ter encontrado a tranquilidade.
Ele é o dono de terras, casado e com uma tarefa a cumprir: Alfredo quer manter intacta a fronteira junto ao Tâmisa.  Mas os problemas aparecem quando uma nova horda de vikings chega para ocupar Londres. O sonho dos guerreiros do norte é conquistar Essex.  E, para isso, eles precisam da ajuda de Uhtred.
Mas Alfredo nutre outros planos. Ele insiste em que Uhtred expulse os invasores vikings de qualquer maneira.  
Naquele ano de 885, o guerreiro da Nortúmbria precisa decidir até que ponto seu juramento a Alfredo se mantem firme.


A Canção da Espada conta a história da criação da Inglaterra e, como todos os romances de Bernard Cornwell, baseia-se em relatos verídicos. Mais uma empolgante história de amor, traição e violência, ambientada em um reino cindido por enormes conflitos, mas ao mesmo tempo instigado por um pequeno clarão de esperança de que Alfredo, o grande rei de Wessex, possa mostrar seu poder de união. Uhtred, o maior guerreiro do soberano, tornou-se sua espada, um homem temido e respeitado por toda a região, o senhor da guerra a serviço de um poderoso monarca."


O quarto volume das Crônicas Saxônicas traz um ótimo amadurecimento tanto da historia quanto do personagem principal. Cinco anos se passaram desde a Batalha de Dunholm (descrita em Os Senhores do Norte, o terceiro volume das crônicas) e Uhtred está envolto em intrigas, traições e batalhas. Tudo está bem encaixado, a trama é envolvente e nos deixa preso até as ultimas páginas, onde é claro,deixam pontas necessárias para os próximos volumes.
Uma leitura até certo ponto, rápida, divertida e que mais uma vez Bernard Cornwell dá um show nas descrições da batalhas, lugares e modos de vida da época.
É simplesmente, contagiante!


Recomendo.


"Enquanto houver uma familia chamada Uhtred, e enquanto houver um reino nesta ilha varrida pelo vento, haverá guerra.
Portanto não podemos nos encolher para longe da guerra.  Não podemos nos esconder de sua crueldade, de seu sangue, do seu fedor, da malignidade ou do júbilo, porque a guerra virá para nós, desejamos ou não.
Guerra é destino, e o destino é inexorável."

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A Saga de Fênix

X-MEN 


Os X-Men originais foram criados em 1963 por Stan Lee. 
Na época a equipe tinha uma formação totalmente diferente do que vemos hoje.
Seus membros eram Homem de Gelo, Fera, Anjo, Ciclope e a jovem Jean Grey. Liderados por Charleis Xavier, professor e mentor da equipe, os X-Men viveram aventuras fascinantes, enfrentando vilões que se tornaram famosos no universo Marvel, como Magneto e o Fanático.
Em 1975, Chris Claremont - que acabaria se tornando um dos mais famosos escritores de historias em quadrinhos da atualidade - criou os novos X-Men, remodelando o grupo original e introduzindo outros heróis. Assim, Homem de Gelo, Fera e Anjo abandonaram a equipe e deram lugar a Ororo, Noturno, Colossus, Wolverine e Pássaro Trovejante, que logo viria a morrer numa perseguição ao Conde Nefária. Também se afastaram da equipe Banshee, Destrutor e Polaris, outros integrantes dos X-Men no passado. 
Da formação original ficaram apenas a Jean Grey e Ciclope. O grupo totalmente remodelado entrou então em sua melhor e mais estupenda fase e se tornou um sucesso estrondoso entre os leitores.

Nesta duas edições desenhadas por John Byrne e Terry Austin, a trama principal é Jean Grey que, devido a um acidente, adquiriu os poderes de uma deusa, tornando-se a Fênix (nome extraído do pássaro mitológico que, segundo a lenda, seria capaz de renascer de suas próprias cinzas). Todos os acontecimentos que culminaram no terrível destino da personagem - as transformações de seus poderes, o combate ao Clube do Inferno, seu relacionamento conturbado com os outros X-Men foi chamado de A Saga de Fênix.

Uma excelente história e uma das mais marcantes que os mutantes da Marvel já passaram.


Recomendo.


"Parece que alguma coisa está fazendo emergir seu lado perverso! Se isso for verdade, temos que fazer algo... antes que seja tarde demais!"

Ororo