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quarta-feira, 28 de maio de 2025

The Shadow Rising 

E não é que a Roda girou... e parou? Sim, veio aí a notícia que muitos temiam (ou já esperavam): A Roda do Tempo foi cancelada.

A série se encerra antes de chegar no que, pra muitos fãs, é o ponto onde tudo realmente começa a fazer sentido: o quarto livro, The Shadow Rising (A Ascensão da Sombra).

E que ironia amarga porque é justamente sobre crescimento, revelações e assumir o próprio destino. É o livro que muda tudo. É quando Rand, Egwene, Mat e cia. deixam de ser só fugitivos, peças de profecias ou aprendizes do que quer que seja, e passam a ser donos do próprio caminho — mesmo que esse caminho esteja cheio de areia, segredos e cicatrizes.

Olhar hoje para capa desse livro é quase simbólico. 

A arte de Darrel K. Sweet não representa uma cena exata do livro – é mais uma interpretação geral do grupo no Deserto Aiel. Sentado à esquerda, com um copo na mão é Mat Cauthon. Em pé no centro, é Rand al’Thor. Ajoelhada, mexendo no fogo, de vestido azul claro, é Moraine Damodred. No fundo, junto aos cavalos, o homem de capuz e capa é Lan Mandragoran.

Parece quase um lembrete cruel e melancólico: a série nunca chegou lá. Nunca contou essa parte. Nunca mostrou os Aiel em sua profundidade, nem revelou as verdades escondidas no deserto, nem deixou Rand encarar de frente quem ele realmente é.

E, sinceramente? Isso dói. Porque sim, a série tinha problemas — muitos, aliás. Mas também tinha coração. E, de alguma forma, mesmo nas escolhas mais polêmicas, carregava uma faísca da grandiosidade que existe nos livros. 

O fim dela deixa aquele gosto amargo de jornada interrompida. Mas também reforça uma verdade que todo leitor da Roda do Tempo aprende cedo ou tarde: algumas estradas você precisa trilhar sozinho. Ou melhor, com um livro nas mãos.

E assim como Rhuidean, a gente ainda pode (e deve) atravessar esse deserto. Porque as respostas estão lá, esperando. 

E a Roda... bem, a Roda sempre continua girando.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

The Path of Daggers

The Path of Daggers 

Trazendo aqui o oitavo volume da saga The Wheel of Time (A Roda do Tempo), escrita por Robert Jordan: The Path of Daggers (O Caminho das Adagas), originalmente publicado em meados de outubro de 1998.

Rand al'Thor, o Dragão Renascido, conquistou a cidade de Illian, derrubou Sammael, o Esquecido e trava uma batalha feroz contra os exércitos dos invasores Seanchan. 

Nynaeve, Aviendha e Elayne tentam quebrar o domínio do Dark One (Shai'tain) sobre o clima do mundo e estão prestes a retomar o trono de Andor, mas com consequências sérias. Egwene al'Vere, a líder dos exilados Aes Sedai, marcha com seu exército em direção à Torre Branca.


Bom, o livro em algumas partes estão bem compassadas para não dizer arrastadas. 

O ritmo oscila infindavelmente e tudo é bem lento e contínuo. 

Convenhamos, Robert Jordan é um especialista em descrições de ambiente. Ele descreve com riqueza de detalhes as características do lugar, acontecimentos importantes e irrelevantes num nível surpreendente.

Contudo, The Path of Daggers não há um avanço significativo. Jordan deu mais atenção a personagens secundários e deixou a leitura mais cansativa que o habitual para a saga, mas ele consegue abrilhantar a trama com bons textos, boas batalhas e reflexões que ficarão martelando na sua cabeça por um bom tempo.

Enfim, não é um livro ruim, mas também não é o melhor da saga. 

sábado, 31 de julho de 2021

The Fires of Heaven

The Fires of Heaven


The Fires of Heaven (As Chamas do Paraíso) é o quinto livro da série The Wheel of Time ( A Roda do Tempo) de Robert Jordan. 

Publicado originalmente em meados de outubro de 1993, o livro traz os eventos posteriores da perigosa jornada ao Deserto Aiel onde Rand al'Thor se consagrou como Aquele Que Vem Com a Aurora, conforme profetizado por seu novo povo. 
Ter um exército de homens e mulheres extremamente hábeis na batalha deveria ser uma vantagem, mas conforme se apega aos novos aliados, ele se sente cada vez mais vulnerável às tramas de seus inimigos.
Enquanto isso, Nynaeve e Elayne perdem aliadas importantes e ganham uma poderosa inimiga. 
Após a expulsão de Siuan Sanche da Torre Branca, as duas devem tentar encontrar as poucas Aes Sedais que continuam fiéis à sua causa. Porém, Moghedien está à espreita, determinada a capturar Nynaeve em sua teia.

Bom, a saga continua incrível e mais uma vez Jordan entrega uma obra-prima.
Nesse livro eu gostei muito da perspectiva visionária das personagens femininas - mais fortes com personalidade e atitude. As descrições minuciosas dos lugares, pessoas e situações estão lá, sendo necessárias a ponto de não tornar da leitura maçante ou cansativa. Apesar da ausência de alguns personagens como Perrin, Nynaeve, Egwene e Elayne e Birgitte (em seu Mundo dos Sonhos) para mim se tornaram destaques positivos na obra.
Por ser um livro com muito mais conflitos e dramas, as últimas 200 páginas são de tirar o fôlego - pura adrenalina com batalhas e confrontos de magia de proporções épicas. 


A Roda do Tempo é realmente uma saga de Fantasia onde o incrível e a complexidade caminham juntos e de mãos dadas. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

A Ascensão da Sombra

A Ascensão da Sombra

Mostrando aqui minha retomada à uma das minhas séries favoritas da literatura fantástica mundial: A Ascensão da Sombra (The Shadow Rising), o quarto livro da série A Roda do Tempo (The Wheel of Time) de Robert Jordan.

"Os lacres de Shayol Ghul enfraquecem, e o Tenebroso avança. A sombra se ergue para encobrir definitivamente a humanidade. Em Tar Valon, Min tem visões de um destino terrível. Será o fim da Torre Branca? Em Dois Rios, os Mantos-brancos caçam o homem de olhos dourados e o Dragão Renascido. Em Cantorin, junto ao povo do mar, A Grã-lady Suroth vislumbra o retorno dos exércitos Seanchan ao continente. Enquanto na Pedra de Tear, o Lorde Dragão planeja seu próximo passo e ninguém será capaz de prevê-lo. Nem a Ajah Negra, os nobres tairenos ou as Aes Sedai, nem mesmo Egwene, Elayne e Nynaeve. Declarado o escolhido da antiga profecia, Rand al’Thor, o Dragão Renascido, precisa seguir em frente e cumprir seu destino: proteger o mundo do retorno do Tenebroso."


Os três principais enredos seguem a busca de Rand, a jornada de Perrin para Dois Rios e Egwene e Nynaeve na Torre Branca. 

O ritmo do livro é um pouco mais fácil, mesmo com tudo que está acontecendo.

O livro, publicado em novembro de 1992, mostra os personagens principais a aceitar e a crescer mais os seus "ta'veren" assumindo mais as responsabilidades (no caso de Perrin sendo imposto a ele) e nisso o livro é de longe o mais abrangente do que qualquer um dos três anteriores.

Jordan também gerencia bastante a construção dos mundos em The Shadow Rising com pontos mais descritivos no sistema de magias, e em particular, o uso de saidar por Rand.


No geral, The Shadow Rising é simplesmente épico e já estou pronto para o próximo livro, The Fires Heaven. 

Aguardem!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A Roda do Tempo - A Grande Caçada


Venho aqui mostrar mais um livro dessa saga incrível escrita por Robert Jordan (1948-2007).
Se no primeiro livro (O Olho do Mundo) foi mostrado o mundo fantástico de A Roda do Tempo com suas lendas e profecias; aqui neste segundo livro (A Grande Caçada) a história toma um rumo alucinante e original.

Com um início bem vagaroso, apesar de ter adorado a introdução, o livro se transforma numa alucinante caçada em busca não só da Trombeta de Vere - um artefato usado para convocar heróis há muito mortos de volta do túmulo- mas também da Adaga de Shadar Logoth. 

Daí pra frente os personagens são expostos a diretrizes diferentes: Rand, Mat, Perrin e o Ogier Loial (aqui ele ganhou minha admiração prá sempre!) partem para ação, enquanto Egwene e Nynaeve vão à Torre Branca para se tornarem Aes Sedai. 
O final foi uma das coisas mais legais que eu já li nos últimos tempos e já me deixou tentado a ler logo o terceiro livro (ainda não tenho, mas vou ter que me virar para arrumar logo).
A escrita continua beemmm detalhista, mas fácil e fluida. As descrições dos lugares ainda são intensas e espetaculares (o autor dá um show!) e o crescimento, amadurecimento e questionamentos dos personagens é mais nítido, constante, coeso.


“A Trombeta não pode cair em mãos erradas, especialmente nas mãos de Amigos das Trevas. Aqueles que atenderem a seu chamado virão em auxílio daquele que portá-la, não importa quem seja, e obedecem a ela, não à Luz."