quarta-feira, 18 de julho de 2018

O Espadachim de Carvão



Kurgala é um mundo abandonado por Quatro Deuses, Adapak é filho de um deles.

E agora ele está sendo caçado.

Perseguido por um misterioso grupo de assassinos, o jovem de pele cor de carvão se vê obrigado a deixar a ilha sagrada onde cresceu e a desbravar um mundo hostil e repleto de criaturas exóticas.  Munido de uma sabedoria ímpar, mas dotado de uma inocência rara, ele agora precisará colocar em prática todo o conhecimento que adquiriu em seu isolamento para descobrir quem são seus inimigos.  Mesmo que isso possa comprometer alguns dos seus segredos mais antigos de Kurgala.




Publicado originalmente em 2013, o escritor Affonso Solano nos apresenta uma nova mitologia, envolvente e única com uma narrativa que nos prende e ao mesmo tempo nos sensibiliza com o protagonista principal: Adapak, o espadachim de pele negra e olhos brancos.
O livro possui certas doses de adrenalina com lutas empolgantes, com um sistema que lembra bem ao estilo RPG.  Em contrapartida, há lances de flashback e muito humor que dão uma balanceada interessante na estória, principalmente quando se explora a ingenuidade de Adapak que desconhece o novo mundo e vai descobrindo de maneira dura e às vezes violenta a realidade que habita entre as criaturas de Kurgala.
Inclusive os seres desse mundo são outro ponto positivo, pois a variedade e suas misturas dão um colorido todo especial a obra.
Uma aventura empolgante e divertida de um universo cativante, único e que com certeza, já é um dos clássicos da literatura fantástica contemporânea brasileira.



Recomendo.



“O amanhã é apenas uma página ainda não lida.”

Ümba, o feiticeiro, em Tamtul e Magamo contra a voz do Guardião Cego.

sábado, 14 de julho de 2018

As Crônicas de Gelo e Fogo - O Festim dos Corvos



Lançado originalmente em meados de 2005 nos EUA (no Brasil foi em 2012 pela Editora Leya), a obra nos mostra os capítulos da Cersei, Jaime, Sansa, Brienne, Samwell, Dorne e Arya; mas também apresenta uma das casas mais misteriosa e intrigante das crônicas: a Casa Greyjoy.

Os Greyjoy de Pyke afirmam descender do Rei Cinzento da Era dos Heróis. As lendas dizem que o Rei Cinzento  governava o próprio mar e que tinha uma sereia como esposa. Aegon, o Dragão acabou com a linhagem do último Rei das Ilhas de Ferro, mas permitiu que os homens de ferro retomassem o Antigo Costume e escolhessem quem teria a primazia entre eles. O escolhido foi Lorde Vickon Greyjoy de Pyke. O símbolo dos Greyjoy é a lula-gigante dourada em um campo negro.

Seu lema é: "Nós não semeamos".

O livro apresenta grandes personagens dessa Casa como: Euron Olho de Corvo, Victarion, Asha e Aeron Cabelo-Molhado.
Tanto a história da Casa quanto a dos personagens já daria uma série inteira sobre eles, pois a variedade de lendas e acontecimentos que giram em torno deles é de uma riqueza sem igual.
Para alguns, o livro é considerado lento é frustrante, mas para muitos é uma obra-prima das sagas mais bem sucedidas de todos os tempos.



Recomendo.



"Nagga tinha sido o primeiro dragão marinho, o mais poderoso que alguma vez se erguera das ondas. Alimentava-se de lulas gigantes e leviatãs, e afogava ilhas inteiras em sua ira, mas o Rei Cinzento o matou, e o Deus Afogado transformou seus ossos em pedra, para que os homens nunca deixassem de se maravilhar com a coragem do primeiro dos reis. As costelas de Nagga transformaram-se nas vigas e nos pilares de seu salão, e as mandíbulas do dragão foram seu trono. Reinou aqui durante mil e sete anos. Foi aqui que tomou sua esposa sereia e planejou as guerras contra o Deus da Tempestade. Daqui governou tanto pedra como sal, usando vestes de algas cosidas e uma coroa branca e alta feita com os dentes de Nagga."