sábado, 18 de agosto de 2018

Dragonlance – Love And War ♦ Tales Volume III




Oriundo do RPG Dungeos & Dragons, Dragonlance é uma das maiores sagas literárias com mais de três milhões de leitores ao redor do mundo que se encantam com as canções de cavalaria, magia, batalhas e dragões!
Publicado em 1987 pela ediotra TSR, essa coletânea antecede aos outros dois livros da série (The Magic of Krynn e Kender, Gully Dwarves e Gnomes) escritos por Tracy Hickman e Margaret Weis.
O livro é uma compilação de 10 contos de vários autores que ocorrem no mundo fictício de Krynn:

1 -  "A Good Knight's Tale", de Harold Bakst. Contada por um Cavaleiro de Solamnia, este é um conto de um pai egoísta, Aron, que é superprotetor sobre sua filha, Petal, que finalmente leva a um coração partido.

2 -  "A Painter's Vision", de Barbara Siegel e Scott Siegel. Quando um artista apaixonado Seron morre em um incêndio acidental, sua viúva Kyra, encontra a força para manter sua memória através da pintura. Kyra mantém um relacionamento estranho com um dragão chamado Tosch, que fez amizade com o marido antes de morrer.

3 -  "Hunting Destiny", de Nick O'Donohoe. Este é o conto dos mortos-vivos que assombram Darken Wood, em outra interpretação de Donohoe de um evento que ocorreu no livro Dragons of Autumn Twilight.

4 -   "Hide and Go Seek", de Nancy Varian Berberick. Começa com um garoto cativo chamado Keli, que é capturado por um homem chamado Tigo e um duende chamado Staag. Assim que Tasslehoff Burrfoot é capturado. Eles são depois resgatados pelos Companheiros.

5 -   "By The Measure" por Richard A. Knaak.

6 -  "The Exiles", de Paul B. Thompson e Tonya C. Cook. É a história da infância de Sturm Brightblade quando ele e sua mãe são capturados por um navio com guardas de uma ilha chamada Kernaffi.

7 -   "Heart of Goldmoon", de Laura Hickman e Kate Novak.

8 -   "Raistlin's Daughter", de Margaret Weis e Dezra Despain. O conto misterioso da lenda de uma filha criada pelo mago Raistlin Majere. Este conto também é reimpresso no romance The Second Generation.

9 -   "Silver and Steel", de Kevin Randle.

10 - "From the Yearning for War and the War's Ending", de Michael Williams.



Recomendo


“Você não pode se esconder do perigo. 
A morte flutua no ar, entra pela janela, 
vem com o aperto de mão de um estranho. 
Se pararmos de viver porque tememos a morte,
 então já morremos.”
 
Raistlin Majere






sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Blind Guardian: "A Voice In The Dark" & "War Of The Thrones"


A banda alemã de power metal Blind Guardian é uma das mais aclamadas no cenário metálico mundial. Através da série literária As Crônicas de Gelo e Fogo, eles criaram duas músicas: “A Voice In The Dark” e "War Of The Thrones”. A primeira foi o single de estréia do álbum "At the Edge of Time" lançado em 2010 e narra a história do personagem Bran Stark. “A Voice In The Dark” traz versos narrativos através do ponto de vista de Bran. No trecho "But finally I fly" é uma representação alegórica de sua queda numa torre em Winterfell. Em seguida, a banda complementa a narrativa quando cita "Come spread your wings/Awake now" indicando às suas visões durante o período de coma, em que ele vê um corvo de três olhos dizendo que pode ensiná-lo a voar.

Já em "War Of The Thrones" mostra um trecho sobre Jon Snow. A letra aborda o período em que ele abandona a Patrulha da Noite, juntando-se aos Selvagens numa jornada Para Lá da Muralha. O verso "I'm condemned, I am hallowed" mostra a devoção de uma ordem militar, que já foi nobre, em servir somente à Muralha. Jon considerou-se condenado porque finalmente era um desertor, o que de acordo com seus votos seria obrigado a cumprir pena de morte.

Em outro trecho da música, o personagem questiona a verdadeira relevância do jogo político em Westeros diante da iminente ameaça dos Vagantes Brancos: "Walls they fall/When the march of the others begin". Sua previsão pessimista é que cada um dos sete Reinos cairá na volta dos Vagantes Brancos, os quais deixarão um rastro de morte e miséria por toda Westeros. Jon depara-se com este trágico destino em "There at world's end/(...) I cannot escape it seems/Sadly I sing". Realmente, esse álbum é de grande valia para a literatura fantástica, pois ainda possui duas musica sobre a saga A Roda do Tempo: "Ride to Obssession" e "Wheel of Time", mas isso já é outra história e que contarei mais para frente.
Isto mostra que cada vez mais o Metal e Literatura Fantástica caminham juntos de forma extraordinariamente perfeita.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O Espadachim de Carvão



Kurgala é um mundo abandonado por Quatro Deuses, Adapak é filho de um deles.

E agora ele está sendo caçado.

Perseguido por um misterioso grupo de assassinos, o jovem de pele cor de carvão se vê obrigado a deixar a ilha sagrada onde cresceu e a desbravar um mundo hostil e repleto de criaturas exóticas.  Munido de uma sabedoria ímpar, mas dotado de uma inocência rara, ele agora precisará colocar em prática todo o conhecimento que adquiriu em seu isolamento para descobrir quem são seus inimigos.  Mesmo que isso possa comprometer alguns dos seus segredos mais antigos de Kurgala.




Publicado originalmente em 2013, o escritor Affonso Solano nos apresenta uma nova mitologia, envolvente e única com uma narrativa que nos prende e ao mesmo tempo nos sensibiliza com o protagonista principal: Adapak, o espadachim de pele negra e olhos brancos.
O livro possui certas doses de adrenalina com lutas empolgantes, com um sistema que lembra bem ao estilo RPG.  Em contrapartida, há lances de flashback e muito humor que dão uma balanceada interessante na estória, principalmente quando se explora a ingenuidade de Adapak que desconhece o novo mundo e vai descobrindo de maneira dura e às vezes violenta a realidade que habita entre as criaturas de Kurgala.
Inclusive os seres desse mundo são outro ponto positivo, pois a variedade e suas misturas dão um colorido todo especial a obra.
Uma aventura empolgante e divertida de um universo cativante, único e que com certeza, já é um dos clássicos da literatura fantástica contemporânea brasileira.



Recomendo.



“O amanhã é apenas uma página ainda não lida.”

Ümba, o feiticeiro, em Tamtul e Magamo contra a voz do Guardião Cego.

sábado, 14 de julho de 2018

As Crônicas de Gelo e Fogo - O Festim dos Corvos



Lançado originalmente em meados de 2005 nos EUA (no Brasil foi em 2012 pela Editora Leya), a obra nos mostra os capítulos da Cersei, Jaime, Sansa, Brienne, Samwell, Dorne e Arya; mas também apresenta uma das casas mais misteriosa e intrigante das crônicas: a Casa Greyjoy.

Os Greyjoy de Pyke afirmam descender do Rei Cinzento da Era dos Heróis. As lendas dizem que o Rei Cinzento  governava o próprio mar e que tinha uma sereia como esposa. Aegon, o Dragão acabou com a linhagem do último Rei das Ilhas de Ferro, mas permitiu que os homens de ferro retomassem o Antigo Costume e escolhessem quem teria a primazia entre eles. O escolhido foi Lorde Vickon Greyjoy de Pyke. O símbolo dos Greyjoy é a lula-gigante dourada em um campo negro.

Seu lema é: "Nós não semeamos".

O livro apresenta grandes personagens dessa Casa como: Euron Olho de Corvo, Victarion, Asha e Aeron Cabelo-Molhado.
Tanto a história da Casa quanto a dos personagens já daria uma série inteira sobre eles, pois a variedade de lendas e acontecimentos que giram em torno deles é de uma riqueza sem igual.
Para alguns, o livro é considerado lento é frustrante, mas para muitos é uma obra-prima das sagas mais bem sucedidas de todos os tempos.



Recomendo.



"Nagga tinha sido o primeiro dragão marinho, o mais poderoso que alguma vez se erguera das ondas. Alimentava-se de lulas gigantes e leviatãs, e afogava ilhas inteiras em sua ira, mas o Rei Cinzento o matou, e o Deus Afogado transformou seus ossos em pedra, para que os homens nunca deixassem de se maravilhar com a coragem do primeiro dos reis. As costelas de Nagga transformaram-se nas vigas e nos pilares de seu salão, e as mandíbulas do dragão foram seu trono. Reinou aqui durante mil e sete anos. Foi aqui que tomou sua esposa sereia e planejou as guerras contra o Deus da Tempestade. Daqui governou tanto pedra como sal, usando vestes de algas cosidas e uma coroa branca e alta feita com os dentes de Nagga."



segunda-feira, 28 de maio de 2018

O Nome do Vento – A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia



“Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe itinerante, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O Nome do Vento – A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia (Editora Arqueiro) acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem a sua vida: o desejo de aprender a arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano – o lendário e misterioso grupo que assassinou sua família”.


Lançado em 2009, o livro possui uma leitura bem fácil e compreensível, com uma trama que envolve suspense e mistério. Também possui muitos detalhes relacionados a lugares, canções e principalmente nas magias.  Inclusive, as magias são um atrativo na história, pois é tratado bem mais como alquimia e ciência do que simplesmente poções ou feitiços.

O único ponto franco dessa obra são os excessivos “flashbacks” que no meu entender dão uma quebra de ritmo desnecessária na história, deixando demasiadamente mais lenta e truncada em algumas partes.
Fora isso, é uma bela obra literária de fantasia medieval que nos deixa ansiosos para os próximos livros dessa trilogia.



Recomendo.



“... Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar.
Vocês devem ter ouvido falar de mim.”