sábado, 21 de junho de 2025

Crônicas de Dragonlance - Dragões da Noite de Inverno

Dragonlance - Dragões da Noite de Inverno 


"O inverno chegou. Com ele, o silêncio da neve e o rugido dos dragões." – Crônicas de Dragonlance.

A estação do frio nos alcança como em Solace, quando o mundo parecia congelar não apenas por fora, mas por dentro.

Em Dragões da Noite de Inverno, os heróis aprendem que há invernos que não se vencem com espadas — mas com laços, memórias e fé no calor que ainda vive em cada um.

Assim como em Krynn, também nós atravessamos paisagens geladas — externas e internas.

E talvez o segredo esteja em não temer o inverno, mas em ouvi-lo.

Ele nos ensina a esperar, a persistir, a recomeçar.

Que este inverno traga páginas viradas à beira do fogo… e a lembrança de que até mesmo as noites mais frias guardam o brilho das estrelas.


quarta-feira, 18 de junho de 2025

Sir Christopher Lee

Christopher Lee


Christopher Lee (1922-2015) foi um ator britânico conhecido por sua versatilidade como ator, escritor e cantor de opera e de Heavy Metal.

Poucos sabem, mas ele amava o Metal como um gênero musical que conseguia representar a fantasia de uma maneira poderosa e verdadeira em suas notas.

Aqui está apenas alguns dos seus trabalhos autorais e com outras bandas de Metal:




Albums

  • Christopher Lee Sings Devils, Rogues & Other Villains (1998).
  • Revelation (2006).
  • Charlemagne: By the Sword and the Cross (2010).
  • Charlemagne: The Omens of Death (2013).

EPs

  • A Heavy Metal Christmas (2012).
  • A Heavy Metal Christmas Too (2013).
  • Metal Knight (2014).

Singles

  • Let Legend Mark Me as the King (2012).
  • The Ultimate Sacrifice (2012).
  • Darkest Carols, Faithful Sing (2014).



Com Rhapsody


  • Symphony of Enchanted Lands II: The Dark Secret (2004), como narrador.
  • Triumph or Agony (2006), como narrador e Lothen.
  • The Frozen Tears of Angels (2010), como narrador e Lothen.
  • The Cold Embrace of Fear - A Dark Romantic Symphony (2010), como Wizard King.
  • From Chaos To Eternity (2011), como Wizard King.



Com Manowar

      -  Battle Hymns MMXI (2010).
 
Album de 2014

fonte: wikipedia.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Araruama - O Livro das Semente

Araruama - O Livro das Sementes 

Publicado originalmente em 2017 e depois pela Avec Editora em 2024, o livro é o primeiro volume da série escrita por Ian Fraser, que nos transporta para um universo de fantasia inspirado nas culturas e mitologias dos povos mesoamericanos.

A narrativa acompanha cinco jovens — Kaluanã (nasceu para uma vida longa que transcende os números), Obiru (um capanema destinado a uma morte prematura), Apoema (possui a habilidadede ver o futuro e sonha em voar), Eçai (é descrito como um jovem tranquilo) e Batarra Cotuba (é o gigante gentil e protetor) — que se preparam para o Turunã, um ritual de passagem para a vida adulta. Cada personagem possui características e destinos únicos, entrelaçados em uma jornada que busca manter o equilíbrio da floresta diante de forças sombrias que ameaçam a harmonia de Ibi, a terra.

Fraser traz um mundo rico e fantástico com elementos interessantes como a magia das palavras, criaturas míticas e uma cosmologia própria. A escrita remete a textos míticos, proporcionando uma sensação de transcendência e conexão com algo maior. A ambientação é profundamente enraizada nas tradições indígenas, oferecendo uma perspectiva única dentro do gênero de fantasia. 

Encontrei fluidez e dinâmica à introdução de diversos conceitos novos. A estrutura narrativa está bem alternada entre os pontos de vista dos protagonistas, buscando ótimos conceitos folcloricos durante a leitura.

Para mim, o livro compõe muita originalidade e solidez. Meu destaque maior é a imersão proporcionada pela história e o desenvolvimento dos personagens ao longo da trama. Vale também destacar as belíssimas ilustrações internas feitas por Paulo Torinno e Lai Santos que trazem um brilho ainda mais especial a obra.

Enfim, Araruama - O Livro das Sementes oferece uma experiência literária única, mergulhando o leitor em um mundo fantástico que celebra muito bem as culturas indígenas das Américas.

Araruama 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Preacher: A História de Você-Sabe-Quem

A História de Você-Sabe-Quem 

Ainda falando de Preacher, fiz uma releitura da origem de um dos personagens mais criativos e bizarros do universo de Preacher, Arseface mais conhecido pelo infame nome cara-de-c*. 

Publicado originalmente por aqui em 1999 e desenhada por Richard Case, a hq é quase uma fábula dos anos 90 e muito bem desenvolvida por Garth Ennis.

A história mostra Eugene "Arseface" Root, um típico adolescente que vive fumando baseado, fã de grunge e da banda Nirvana. Seu pai, conhecido como o xerife Root, é um alc0ólatra extremamente violento e racis7a, e sua mãe vive no tédio de um casamento fracassado e procura afogar suas frustrações no álcool e na igreja. 

Ennis consegue trazer momentos surreais como o desinteresse de vida de Eugene, o bulling sofrido na escola e os momentos caóticos com o seu amigo Pube. 

São diálogos sem intersecções, pretensões moralistas ou filosóficas - é tudo muito turbulento e bizarro.

Cada ato traz um título de uma música como se fosse uma trilha sonora para cada acontecimento na vida de Eugene. Temos inicialmente "A Day in the Life" Beatles, "Rebel Rebelde" David Bowie, "New Horizons" The Moody Blues e finaliza com o clássico álbum"Nevermind" do Nirvana. 

De qualquer modo, a história busca o seu cerne: ser uma narrativa esdrúxula e de humor ácido. Entretanto, por ser uma hq adulta e cheia de "gatilhos", ela incomoda em certos pontos.

Arsene é, na verdade, uma das críticas mais afiadas que Preacher faz à cultura de celebridades dos anos 90 - transforma tragédia em espetáculo e consome a dor alheia com falsa compaixão.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Preacher 30 anos

 

Preacher 

Criado por Garth Ennis e Steve Dillon, Preacher não foi apenas um quadrinho polêmico; foi um divisor de águas. Seu impacto reverbera até hoje, abrindo caminho para narrativas mais ousadas, complexas e sem concessões. É uma história sobre fé, amor, amizade, redenção e, claro, caos absoluto — contada de uma sinceridade brutal, capaz de chocar e emocionar na mesma medida.

Três décadas depois, Preacher continua sendo uma das maiores expressões dos quadrinhos como meio narrativo, influenciando gerações de leitores, roteiristas e artistas. Uma obra irreverente, desconfortável, necessária — e, acima de tudo, inesquecível.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

The Shadow Rising 

E não é que a Roda girou... e parou? Sim, veio aí a notícia que muitos temiam (ou já esperavam): A Roda do Tempo foi cancelada.

A série se encerra antes de chegar no que, pra muitos fãs, é o ponto onde tudo realmente começa a fazer sentido: o quarto livro, The Shadow Rising (A Ascensão da Sombra).

E que ironia amarga porque é justamente sobre crescimento, revelações e assumir o próprio destino. É o livro que muda tudo. É quando Rand, Egwene, Mat e cia. deixam de ser só fugitivos, peças de profecias ou aprendizes do que quer que seja, e passam a ser donos do próprio caminho — mesmo que esse caminho esteja cheio de areia, segredos e cicatrizes.

Olhar hoje para capa desse livro é quase simbólico. 

A arte de Darrel K. Sweet não representa uma cena exata do livro – é mais uma interpretação geral do grupo no Deserto Aiel. Sentado à esquerda, com um copo na mão é Mat Cauthon. Em pé no centro, é Rand al’Thor. Ajoelhada, mexendo no fogo, de vestido azul claro, é Moraine Damodred. No fundo, junto aos cavalos, o homem de capuz e capa é Lan Mandragoran.

Parece quase um lembrete cruel e melancólico: a série nunca chegou lá. Nunca contou essa parte. Nunca mostrou os Aiel em sua profundidade, nem revelou as verdades escondidas no deserto, nem deixou Rand encarar de frente quem ele realmente é.

E, sinceramente? Isso dói. Porque sim, a série tinha problemas — muitos, aliás. Mas também tinha coração. E, de alguma forma, mesmo nas escolhas mais polêmicas, carregava uma faísca da grandiosidade que existe nos livros. 

O fim dela deixa aquele gosto amargo de jornada interrompida. Mas também reforça uma verdade que todo leitor da Roda do Tempo aprende cedo ou tarde: algumas estradas você precisa trilhar sozinho. Ou melhor, com um livro nas mãos.

E assim como Rhuidean, a gente ainda pode (e deve) atravessar esse deserto. Porque as respostas estão lá, esperando. 

E a Roda... bem, a Roda sempre continua girando.


quinta-feira, 22 de maio de 2025

O Ídolo de Sothakiir

O Ídolo de Sothakiir 

O conto escrito por Sario Ferreira faz parte da Saga Sagraerya - série de três livros (O Despertar do Paladino, A Essência Perdida e A Promessa Anã) que acompanha a jornada fantástica do paladino Sagrarius.

Publicado originalmente na revista Dragão Brasil nº 152 em fevereiro de 2020, O Ídolo de Sothakiir é uma prequel canônica da saga. Aqui o foco são nos personagens Sania D'flail e no anão Axem do clã Brodick, revelando eventos anteriores à fundação da Ordem da Luz. Eles enfrentam desafios que testam não apenas suas habilidades físicas, mas também seus valores e crenças.

Embora esteja inserido no universo da saga, o conto possui uma descrição independente, permitindo que novos leitores se familiarizem com o mundo de Arya sem necessidade de uma leitura prévia dos livros principais.

É uma leitura agradável no melhor estilo old school da Fantasia. Com boas cenas de luta, a narrativa mostra temas como a fé e o sacrifício, elementos recorrentes nos textos da trilogia. Destaque também para a belíssima arte de capa ilustrada por Samuel Marcelino. 

Se você aprecia fantasia com elementos de RPG e narrativas envolventes, O Ídolo de Sothakiir é uma excelente introdução ao estilo de Sario Ferreira e ao universo de Sagraerya.


"Encontrem a Lua para encontrar 

o Sol que ele não encontrou.⁣

Cavalguem pela noite infindável ⁣

sobre nuvens ondulantes."


O Ídolo de Sothakiir