Uma história real e dramática que ocorreu na Idade Media
francesa onde uma jovem mulher (Marguerite) filha única de uma rica família
tradicional normanda, acusa o melhor amigo (Jaques Le Gris) de seu marido (Jean
de Carrouges) de estuprá-la. Acreditando
piamente em sua inocente esposa, o cavaleiro leva a acusação ao Parlamento
francês que determina que o caso seja decidido por um duelo. Um homem sairia
vencedor apenas quando matasse seu oponente cujo resultado, conforme a crença
da época representaria a vontade e a justiça de Deus.
Esse livro (editora Record) é aquele tipo de leitura que nos
prende até o final. Sendo real e histórico, ele está recheado de referências e
documentos do ocorrido e que é motivo de controvérsia até hoje.
O autor Eric
Jager narra o relato com boa desenvoltura tendo total controle histórico. Também nos
coloca num suspense constante que só enriquece toda a trama, contando e
minuciando a vida de todos os envolvidos, todas as datas e localidades como num
thriller policial.
Há três ápices nessa história: a violência ocorrida pela
dama Marguerite, o duelo entre Le Gris e Carrouges e finalmente as
consequências de tudo isso.
Vale lembrar
que o livro contêm inúmeras pinturas da época relatando o caso dando um charme a
obra.
Recomendo.
Como disse um advogado do século XIV: “Ninguém realmente sabia da verdade”.