O Livro de Merlin |
Então aparece Merlin e o conduz a dias mais feliz quando visitava as formigas e os pássaros pela magia do seu eterno tutor. Mergulhado nessa paz que lhe dá de volta a inocência, Arthur se torna mais uma vez Wart e volta a conversar com os seus amigos animais. Depois de vários debates e conversas sobre o presente e futuro da humanidade, o Rei volta para o seu desfecho final.
Inicialmente, O Livro de Merlin fecha com maestria a saga com o seu principal apelo: o fim das guerras.
White deixou sua escrita bem mais direta (o anacronismo ainda está lá) em certos assuntos como a decadência do homem em relação aos "ismos" e a ganância destruidora da guerra. Merlin e seus animais destilam toda a sua revolta e indignação contra o caminho que a humanidade está tomando. Para eles, o ser humano não possui o direto de destruir ou aniquilar outros seres em nome do poder e da evolução. Já para Arthur a humanidade tem salvação sim, que há pessoas capazes de criar coisas boas e que a generalização não levará ninguém a nada.
Além dessas reflexões, a obra conclue de maneira satisfatória todos os personagens (Guenevere, Lancelot, Mordred e de toda a Távola Redonda) e mais uma vez Alan Lee dá uma show de arte medieval mostrando beleza e sutileza em seus traços.
Apesar da melancolia que o livro carrega, eu o recomendo (não só essa obra, mas a saga inteira) porquê ele nos dá esperança e por ser um apelo poderoso contra as guerras.
"Repleto de pungência e um poder maravilhoso... os entusiastas da obra comovente, profunda, engraçada e trágica de White não vão querer perder essa versão, pelo que representa como final verdadeiro e real de sua saga".
Los Angeles Times