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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

132 anos de J. R. R. Tolkien

Tolkien - A Biography 

Dica boa neste dia é ler a sua biografia autorizada - Tolkien: A Biography, escrita por Humphrey Carpenter e originalmente publicada em 1977.

Ele retrata um homem que viveu com a modéstia de um hobbit, desfrutando dos prazeres do lar, mas envolvido em uma história verdadeiramente grande na qual desempenhou um papel muito significativo na literatura fantástica.

#leiatolkien


P.S.: Esta é a minha cópia da primeira edição publicada pela Ballantine Books em setembro de 1978.

Tolkien - A Biography 

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

A Queda de Artur

A Queda de Artur

Publicado originalmente em 2013, A Queda de Artur, é a única incursão de Tolkien nas lendas do rei Artur. 

Aqui ele narra de maneira aliterante a expedição do grande rei a longínquas terras selvagens, a fuga de Guinevere de Camelot, a grande batalha naval na volta de Artur à Grã-Bretanha, a descrição do traidor Mordred e as dúvidas que atormentavam Lancelot em seu castelo francês.

Os cavaleiros da Távola Redonda também aparecem em meio a campanha de Artur contra os romanos como Gawain, Gareth, Gaheris, Bedivere e Bors.


O livro mostra além do prefácio, notas sobre o texto, o poema na tradição arturiana, o poema não escrito e sua relação entrelaçada com O Silmarillion (sobre Tol Eressëa e Númenor), a sua evolução e finaliza com o Apêndice relacionando a poesia em inglês antigo e seus arcaísmos.


Bom, esta edição dá uma ótima visão da maestria linguística de Tolkien. 

Composto em versos aliterantes, comuns na tradição germânica - anglo-saxã, nórdica - o poema possui ares épicos, heróicos e mesmo estando inacabado, traz a beleza típica da escrita métrica e antiga. 

Para os iniciados pode-se achar estranho e extremamente difícil acompanhar a leitura do poema. Até porque é uma escrita aliterante que possui um vocábulo pouco peculiar, onde originalmente (na Idade Média) eram declamados, não escritos, pelos menestréis e bardos. Eles usavam esses recursos fonéticos para ligar os versos entre si e proporcionar um sentido de continuidade aos ouvintes.

E o resultado final é que Tolkien criou (mesmo incompleto) um poema lendário e histórico.

Vale destacar a luta de Christopher Tolkien, que nesta presente obra foi editor do texto e que teve um árduo trabalho de reunir fragmentos (entre pedaços de papéis e rascunhos quase inteligíveis) que seu pai deixou e trouxe uma edição mais enxuta e acessível, principalmente para os leitores habituados na mitologia da Terra-Média.

A versão da publicação brasileira – traz uma edição bilíngue com a tradução perfeita do incrível Ronald Kyrmse – e a versão original. 

Mas é recomendável a leitura? Sim. 

Mesmo para aqueles que são fãs de O Hobbit e O Senhor dos Anéis e que não estão acostumados com o estilo aliterante do poema, a obra vale (e muito) pela genialidade de Tolkien e beleza quase mágica da poesia arturiana.



"Destarte fica Artur montado na baixamar.

Contempla sua terra e triste anseia

por rever outra vez a verde grama,

andando à vontade quanto dure o mundo;

pra que sinta o sal, o seu aroma

com perfume de vinho, vento de trevo

que germina junto ao mar em gramado de sol,

escutar da cristandade os badalos agudos

de sinos que oscilam aprazíveis na brisa,

um príncipe de paz que impera e reina

ao pé da porta aberta do Paraíso."

sábado, 17 de abril de 2021

Contos Inacabados

Contos Inacabados


Contos Inacabados de J. R. R. Tolkien é um conjunto de narrativas que se estendem desde o tempo de O Silmarillion - os Dias Antigos da Terra-Média - até o fim da Guerra do Anel, em O Senhor dos Anéis, ou seja, um apanhado dos principais acontecimentos ocorridos na Primeira, Segunda e Terceira Era.


Aqui o leitor encontrará as grandes histórias e relatos como o de Gandalf sobre como chegou a enviar os anões à celebrada festa em Bolsão, o surgimento do deus marinho Ulmo diante dos olhos de Tuor na costa de Beleriand (ricamente ilustrada na capa feita por John Howe), a organização militar dos Cavaleiros de Rohan e a linhagem dos reis de Númenor e sua geografia, incluindo o mapa. 


Mas, o ápice dessa obra é NARN I HÎN HÚRIN - O Conto dos Filhos de Húrin. 

Para mim uma das melhores histórias já contadas da Primeira Era onde é narrada a trágica saga de Túrin Turambar, desde a sua infância até seu épico final junto com o infame dragão Glaurung.


Christopher Tolkien editou arduamente toda essa imensa coleção de manuscritos, trechos e até rascunhos deixados por seu pai e cuidadosamente escritos e colocados de maneira que não ficassem desordenados ou fora de contexto. 


Não é um livro fácil para iniciantes na obra de Tolkien. 

É necessário que já tenha lido as três principais obras: O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion para um melhor entendimento. 

Porém, para os mais avançados, é uma leitura maravilhosa com bastante carga explicativa e quase didática. 


Então procure ler primeiro a tríplice (que é assim que eu costumo chamar) de J. R. R. Tolkien e vá fundo nos Contos Inacabados e verá o quanto é emocionante e até divertido conhecer essa incrível mitologia.



quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O Silmarillion



Publicado quatro anos após o falecimento de J.R.R. Tolkien, O Silmarillion é um dos principais livros de fantasia para quem quer conhecer o mundo fantásticos da chamada Primeira Era ou Dias Antigos da Terra- Media.

Como na própria sinopse diz, são lendas derivadas de um passado muito mais remoto, bem anteriores aos eventos ocorridos na Terceira Era, ou seja, antes da Saga do Anel. 

O inicio relata toda a criação do mundo (), seus deuses (Valar) e o aparecimento das primeiras raças (elfos, anões e homens) sendo essa parte bem trincada e com muito simbolismo.

Na sequência, os textos vão tomando uma forma mais heróica com as histórias de reinos, batalhas, tramas, tragédias, dragões e varias criaturas – e anéis do poder.

Não tem como não se estremecer com a maldição de Feanor, perder o fôlego com Fingolfin desafiando Morgoth, torcer pelo amor de Beren e Lúthien e não ir às lágrimas com a sina de Túrin Turambar e outras mais.

Por isso O Silmarillion é um dos livros indispensáveis não só para os fãs de Tolkien e O Senhor dos Anéis, mas também para os amantes da literatura fantástica em geral que quando terminavam de ler queriam saber mais sobre os nomes conjurados em batalhas, lugares, espadas e reis antigos.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Blind Guardian - Nightfall In The Middle-Earth

Nightfall in Middle-Earth é o sexto álbum de estúdio da banda alemã Blind Guardian, gravado em 1998 e baseado no livro O Silmarillion de Tolkien. Não há como negar a contribuição que a banda faz para as obras de Tolkien. Musicas como "Lord of the Rings", "The Bard's Song - The Hobbit" “By the Gates of Moria” se tornaram referências para os fãs de Metal e Tolkien. Mas foi com "Nightfall in Middle-Earth" que músicas como "Nightfall" e se tornaram clássicos do metal mundial.
A capa foi feita por Andreas Marshall e apresenta Lúthien dançando perante de Morgoth, a partir da História de Beren e Luthien.


Nota: O CD é uma obra conceitual e fala exclusivamente sobre este livro em todas as suas faixas.
  • "War of Wrath", fala sobre o conselho de Sauron a seu mestre Morgoth de fugir dos triunfantes Valar na Guerra da Ira. Morgoth envia-o para longe e reflete sobre os acontecimentos que levaram à sua derrota.
  • "Into The Storm", fala sobre Morgoth e Ungoliant, que fogem de Valinor depois de terem destruído as Duas Árvores e sua luta pela posse das Silmarils.
  • "Lammoth", é o grito de Morgoth com os qual ele foge de Ungoliant.
  • Em "Nightfall", Fëanor e seus sete filhos lamentam a destruição forjada por Morgoth e juram vingança para chegar a ele, apesar da proibição dos Valar.
  • "The Ministrel" é sobre Maglor, filho de Fëanor.
  • Em "The Curse of Fëanor", Fëanor exprime a sua indignação e raiva e admite que cometeu erros, especialmente o fraticídio, na perseguição de Morgoth.
  • Em "Captured", aborda o cativeiro de Maedhros filho de Fëanor por Morgoth, em Thangorodrin.
  • Em "Blood Tears", Maedhros relaciona os horrores do seu cativeiro, seu salvamento por Fingon, e sua terrível sina de não poder segurar uma Silmaril com suas mãos impuras.
  • "Mirror Mirror" conta como Turgon , tendo em conta a inevitável derrota, constrói a cidade de Gondolin, auxiliado por Ulmo
  • "Face the Truth" fala sobre Fingolfin e o destino dos Noldor.
  • "Noldor (Dead Winter Reigns)" fala sobre Fingolfin na gélida passagem de Helcaraxë, reflete sobre o seu próprio povo e da sua culpa e prefigura a sua derrota final.
  • "Battle of Sudden Flame" fala sobre a batalha em que Morgoth rompe o cerco de Angband usando seus Balrogs e Dragões.
  • "Time Stands Still (At the Iron Hill)"Fala sobre o épico confronto entre Fingolfin, rei supremo dos Noldor, e Morgoth, senhor do escuro, as portas de Angband. Fingolfin o fere sete vezes, porém sucumbe.
  • "The Dark Elf" fala de Eöl, o elfo negro que seduziu Aredhel, a irmã de Turgon, a qual deu à luz Maeglin, que acabaria por trair Gondolin.
  • Em "Thorn", Maeglin reflete sobre a sua situação e decide trair Gondolin ajudando Morgoth.
  • "The Eldar" é a despedida do rei élfico Finrod ao seu povo, morrendo de ferimentos recebidos para salvar seu amigo Beren de um lobisomem.
  • Em "Nom the Wise" Beren chora por seu amigo Finrod. Nóm significa "sábio" e era o nome dado a ele pelo antepassado de Beren, Bëor.
  • Em "When Sorrow Sang" Beren canta sobre o seu amor à princesa élfica Lúthien em sua morte nos dentes do lobo Carcharoth de Morgoth.
  • "Out of the Water" Fala sobre último local de habitação-Beren e Lúthien.
  • Em "The Steadfast", Morgoth amaldiçoa seu cativo Húrin que se recusou a revelar o segredo de Gondolin.
  • "The Dark Passage" Morgoth pondera o seu quinto triunfo em batalha. A canção também relaciona as origens da carnais dos homens e Morgoth a Húrin na maldição de ser testemunha do trágico destino de seu filho. 
  • "Final Chapter(...)" conclui Assim termina o álbum, fala da vitória de Morgoth, mas também da esperança de um novo dia.