sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Excalibur - Histórias de Reis, Magos e Távolas Redondas

Todos já ouvimos falar do Rei Artur.
Desde as crônicas medievais até a literatura contemporânea, passando por meios como o cinema, teatro, quadrinhos e games, muito foi contado sobre ele, seus cavaleiros e o mago Merlin, reinventado o universo mágico cujo centro é a corte do reino de Camelot.
A coletânea Excalibur - Histórias de Reis, Magos e Távolas Redondas abraça esse imaginário, reunido histórias inspiradas por versões das novelas de cavalaria e releituras contemporâneas, mas sem ignorar a sua origem na mitologia celta. O resultado é a diversidade de estilos, cenários e gêneros que vão da fantasia heróica ao dieselpnk, sempre unidos à atmosfera de magia e aventura que imortalizaram o Rei Artur.
Na liderança dessa missão pelo Santo Graal está Ana Lúcia Merege, que divide a Távola Redonda com um conto ao lado dos desmedidos Roberto de Sousa Causo, Liège Báccaro Toledo, Luiz Felipe Vasques e Daniel Bezerra, André S. Silva, Pedro Viana, A. Z. Cordenonsi, Eduardo Kasse, Marcelo Abreu, Melissa de Sá, Octavio Aragão e Cirilo S. Lemos.
Batalhas, encantamentos, amores, intrigas e traições - tudo isso e muito mais se revela a cada página de Excalibur, uma homenagem à fantasia medieval e aos heróis que nunca morrem.

Nesta sinopse escrita no livro, resume bem o que é esse livro.
Simplesmente mágico!
Lançado em meados de 2013 pela Editora Draco, o livro foi organizado pela escritora, bibliotecária e mediadora de leitura Ana Lúcia Merege (da série de fantasia O Castelo das Águias e outras coletâneas como Magos e Medieval).
Os contos reunidos nessa obra arturiana (sim, com certeza!) é de uma qualidade literária única. São bem construídos e ao mesmo tempo dinâmico, inteligente, cheio de referências históricas da cultura celta.  Há muita semelhança de alguns contos com autores consagrados como Bernard Cornwell, Stephen King, Neil Gaiman e T. H. White, o que só abrilhanta ainda mais essa obra literária nacional.

Aqui vai a lista dos contos:

- A Memória da Espada - Roberto de Sousa Causo
- O Espelho - Liège Báccaro Toledo
- Momento Desisivo -Luiz Felipe Vasques e Daniel Bezerra
- Cavaleiro Anônimo - André S. Silva
- Mau Conselho - Pedro Viana
- A Solução Final - A. Z. Cordenonsi
- Parede De Escudos - Eduardo Kasse
- A Fada - Marcelo Abreu
- O Fio da Espada - Melissa de Sá
- As Mãos Vermelhas de Isolda - Octavio Aragão
- A Dama da Floresta - Ana Lúcia Merege
- O Rei Às Margens do Rio - Cirilo S. Lemos


Recomendo.




"E todos estes eram súditos de Roma
e muitos mais, como Grécia, Chipre,
Macedônia, Calábria, Castelândia, Portugal,
com muitos milhares de espanhóis."

Sir Thomas Malory, Le morte D'Artur




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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O Mundo de Quatuorian_Vol 1 - Cheiro de Tempestade



Uma revelação ocorrida há mil cento e onze anos pode ser a chave para impedir a deflagração do destino de Quatuorian.
O segredo está guardado num templo deste mundo fantástico até um momento futuro em que a profecia anuncia o retorno do Imperador milenar.  O que está escrito no Códice dos Mestres  é de importância vital para que Teriva, Vinich e Julenis salvem as quatro terras do mal que se instalou em Quatuorian.
O pior, no entanto, ainda estaria por vir.
Acompanhe a jornada destes três jovens, da infância até a juventude: poderes especiais, criaturas gigantescas, flora e geografia exuberante e fantástica irão envolver você.

Esta é a sinopse do livro da escritora Cristina Pezel e lançado pelo Mundo Uno Editora em meados de 2017.

Através  de uma profecia, três jovens são envolvidos numa aventura que decidirá o destino do mundo de Quatuorian, tendo como pano de fundo: magos, animais fantásticos, criaturas gigantes e natureza exótica e única.

Com ilustrações e um belo mapa, a autora nos brinda com uma estória coerente que nos envolve logo nas primeiras páginas. A descrição do mundo de Quatuorian é primorosa e de imediato nos identificamos com os mundos de Nárnia e a Terra-Média.  Tudo muito detalhado; com uma leitura fácil, dinâmica, com seus nomes, rituais, criaturas e até mesmo nos sistemas de medida, economia e astronomia. 

É alta fantasia nacional de primeiríssima qualidade e que nos faz sentir orgulhosos por ter uma obra assim. A leitura é tão boa que, quem esteja lendo, fique preso na trama, maravilhado com a narrativa.

Vale ressaltar a belíssima capa e a qualidade do material impresso, pois são de excelente qualidade.
Uma obra literária madura nos moldes de autores da escrita fantástica como J. K. Rowling, C. S. Lewis e Naomi Novik.
Que venha logo o volume 2!!!


Recomendo.


"Sois fruto de um sonho divino
Aspiram realizar nobre missão 
A entrega de uma vida a servir
Quatuorian é eterna gratidão!
Reconhece supremo trabalho
Quatuorian há de lembrar do nobre ato
Pela força, empenho, coragem, servidão
Serão relembrados por todos os sóis,
Pela força, empenho, coragem, gratidão 
De Quatuorian, eternos guardiões!"



www.cristinapezel.com.br
facebook.com/cristinapezel
twitter.com/CristinaPezel
instagram.com/cristina.pezel/

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A Morte do Rei Tsongor



No coração de uma África ancestral, o velho Tsongor, rei de Massaba, soberano de um imenso império, prepara-se para casar a filha. 
No dia do casamento, porém, surge um outro pretendente.   
Começa então uma guerra. 
Como Tróia sitiada, Massaba resiste; como Tebas, torna-se presa do ódio.  
O rei morre, mas não pode descansar em paz na cidade devastada.

Seu filho mais novo Suba, recebe a missão de percorrer todo o continente a fim de construir sete túmulos a imagem do que fora o venerado - e também execrável - rei Tsongor.  Sete túmulos para enterrar as setes faces do inconsolável rei morto: Tsongor, o Glorioso, O que Edifica, O Destemido, O explorador, O Guerreiro, o Pai, o Assassino e, enfim, o homem que busca o descanso.
 
A força evocada pelas cenas dos combates incrível a descrição das tropas e dos clãs que participam das batalhas), aliada a poesia da caminhada que muda o destino de Suba, perpetua uma tradição oral extraída do imaginário coletivo para questionar a origem.

Este livro, escrito pelo escritor francês Laurent Gaudé é um grande romance épico que  revela numa linguagem envolvente todas as faces da bravura, a beleza exuberante dos heróis, mas também a insidiosa manifestação da derrota em cada um deles.  Pois todos de algum modo descobrem em si a infâmia e a vergonha.  Essa é a verdade escondida, a que se impõe para além dos assomos do coração e das leis do clã.  Talvez seja essa mesma a essência da tragédia.

Envolvente em sua trama e nos busca a pensar como o ser humana é vulnerável as adversidades mais simples da alma.

Recomendo.

"Tsongor virou-se.  Olhou a filha.  Tudo o que empreendera nos últimos meses fora para as bodas de Samília.  O dia do casamento tornara-se sua obsessão como rei e pai.  Tudo precisava estar pronto.  Tinha de ser a mais bela festa já vista pelo império.  Para isso empenhara-se incansavelmente.  Sonhava dar a filha um esposo e, pela primeira vez, unir seu império a outro sem guerra, sem conquista.  Pensara em cada detalhe da festa.  passara noites em claro.  Chegou afinal o dia, e um acontecimento imprevisto pôs todo em xeque."

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Jurassic Park



Uma impressionante técnica de recuperação e clonagem de DNA de seres pré-históricos foi descoberta.  Finalmente, uma das maiores fantasias da mente humana, algo que parecia impossível, tornou se realidade.  Agora, criaturas extintas há eras podem ser vistas de perto, para o fascínio e o encantamento do público.

Até que algo sai errado.

Em Jurassic Park, escrito em 1990 por Michael Crichton, questões de bioética e a teoria do caos funcionam como pano de fundo para uma trama de aventura e luta pela sobrevivência. O livro inspirou o filme homônimo de 1993, dirigido por Steven Spielberg, uma das maiores bilheterias de todos os tempos.

Essa é a sinopse do livro que é cheio de suspense, aventura e ficção-científica, relatando cálculos binários de DNA, sistemas de computação e teorias neocientificas, tudo para enriquecer o enredo. Com certeza o charme vem quando são narrados os dinossauros e suas peculiaridades, mostrando toda a natureza selvagem por atrás deles. Há trechos do livro que descrevem a violência dessas criaturas com extremo detalhe, que nos faz esquecer de longe o filme. 

É inevitável a comparação, mas passa bem longe. O livro é cativante, nos prende e nos faz tremer e angustiar a cada página.
Jurassic Park é uma obra para os fãs e não fãs de dinossauros, pois você encontrará coisas muito além do que o filme retratou. Chega um momento que o livro se torna um crítico ferrenho a indústria de entretenimento e a sociedade científica inescrupulosa que pensa em apenas enriquecer e gerar lucros.
Michael Crichton nos coloca na diversão e reflexão na medida certa com esta escrita simples e fácil de compreender. 
E parabéns a editora Aleph pela excelente capa e trabalho gráfico do livro, pois está perfeitamente lindo.

Recomendo.

"A natureza encontrou um meio"
                             
                                           Ian Malcolm