E agora
ele está sendo caçado.
Perseguido
por um misterioso grupo de assassinos, o
jovem de pele cor de carvão se vê obrigado a deixar a ilha sagrada onde cresceu
e a desbravar um mundo hostil e repleto de criaturas exóticas. Munido de uma sabedoria ímpar, mas dotado de
uma inocência rara, ele agora precisará colocar em prática todo o conhecimento
que adquiriu em seu isolamento para descobrir quem são seus inimigos. Mesmo que isso possa comprometer alguns dos seus
segredos mais antigos de Kurgala.
Publicado
originalmente em 2013, o escritor Affonso Solano nos apresenta uma nova
mitologia, envolvente e única com uma narrativa que nos prende e ao mesmo tempo
nos sensibiliza com o protagonista principal: Adapak, o espadachim de pele
negra e olhos brancos.
O livro
possui certas doses de adrenalina com lutas empolgantes, com um sistema que
lembra bem ao estilo RPG. Em contrapartida,
há lances de flashback e muito humor que dão uma balanceada interessante na estória,
principalmente quando se explora a ingenuidade de Adapak que desconhece o novo
mundo e vai descobrindo de maneira dura e às vezes violenta a realidade que
habita entre as criaturas de Kurgala.
Inclusive
os seres desse mundo são outro ponto positivo, pois a variedade e suas misturas
dão um colorido todo especial a obra.
Uma
aventura empolgante e divertida de um universo cativante, único e que com certeza, já é um dos clássicos da literatura fantástica contemporânea brasileira.
Recomendo.
“O amanhã é apenas uma página
ainda não lida.”
Ümba, o feiticeiro, em Tamtul e Magamo contra a voz do Guardião Cego.