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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada
"A Inglaterra está em paz, dividida entre o Reino Dinamarquês ao Norte e o Reino Saxão de Wessex, ao Sul. Uhtred, órfão da Nortúmbria, parece ter encontrado a tranquilidade.
Ele é o dono de terras, casado e com uma tarefa a cumprir: Alfredo quer manter intacta a fronteira junto ao Tâmisa.  Mas os problemas aparecem quando uma nova horda de vikings chega para ocupar Londres. O sonho dos guerreiros do norte é conquistar Essex.  E, para isso, eles precisam da ajuda de Uhtred.
Mas Alfredo nutre outros planos. Ele insiste em que Uhtred expulse os invasores vikings de qualquer maneira.  
Naquele ano de 885, o guerreiro da Nortúmbria precisa decidir até que ponto seu juramento a Alfredo se mantem firme.


A Canção da Espada conta a história da criação da Inglaterra e, como todos os romances de Bernard Cornwell, baseia-se em relatos verídicos. Mais uma empolgante história de amor, traição e violência, ambientada em um reino cindido por enormes conflitos, mas ao mesmo tempo instigado por um pequeno clarão de esperança de que Alfredo, o grande rei de Wessex, possa mostrar seu poder de união. Uhtred, o maior guerreiro do soberano, tornou-se sua espada, um homem temido e respeitado por toda a região, o senhor da guerra a serviço de um poderoso monarca."


O quarto volume das Crônicas Saxônicas traz um ótimo amadurecimento tanto da historia quanto do personagem principal. Cinco anos se passaram desde a Batalha de Dunholm (descrita em Os Senhores do Norte, o terceiro volume das crônicas) e Uhtred está envolto em intrigas, traições e batalhas. Tudo está bem encaixado, a trama é envolvente e nos deixa preso até as ultimas páginas, onde é claro,deixam pontas necessárias para os próximos volumes.
Uma leitura até certo ponto, rápida, divertida e que mais uma vez Bernard Cornwell dá um show nas descrições da batalhas, lugares e modos de vida da época.
É simplesmente, contagiante!


Recomendo.


"Enquanto houver uma familia chamada Uhtred, e enquanto houver um reino nesta ilha varrida pelo vento, haverá guerra.
Portanto não podemos nos encolher para longe da guerra.  Não podemos nos esconder de sua crueldade, de seu sangue, do seu fedor, da malignidade ou do júbilo, porque a guerra virá para nós, desejamos ou não.
Guerra é destino, e o destino é inexorável."

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O Dia dos Bárbaros – 9 de agosto de 378


Este livro, (Editora Estação Liberdade), escrito por Alessandro Barbero (Professor de Historia Medieval da Universidade do Piemonte Oriental, na cidade de Vercelli, Itália) relata a história da batalha de Adrianópolis, ocorrida em 9 de agosto de 378, na parte européia da atual Turquia, que antigamente era a província romana da Trácia.
 
O autor descreve a batalha em seus mínimos detalhes e nos mostra que ela realmente marcou o fim de uma época e o inicio de outra: uma época em que Roma enfrentava dificuldades para controlar os bárbaros a força, e ao mesmo tempo se considerando uma superpotência mundial. 

Ele também fala da transição entre a Antiguidade e a Idade Média, dos romanos e dos bárbaros, do mundo multiétnico e de um império em transformação, já que Roma já era cristã e essa religião já estava sendo difundida entre os bárbaros. 

Uma ótima leitura para podermos aprender como ocorreu a queda de um império através de uma importante batalha que aconteceu nas regiões dos Balcãs e que foi decisiva para o curso da História.

Recomendo.

“Não podia ser para sempre.
Um belo dia o Império Romano tinha que começar cair”.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Último Duelo



Uma história real e dramática que ocorreu na Idade Media francesa onde uma jovem mulher (Marguerite) filha única de uma rica família tradicional normanda, acusa o melhor amigo (Jaques Le Gris) de seu marido (Jean de Carrouges) de estuprá-la.  Acreditando piamente em sua inocente esposa, o cavaleiro leva a acusação ao Parlamento francês que determina que o caso seja decidido por um duelo. Um homem sairia vencedor apenas quando matasse seu oponente cujo resultado, conforme a crença da época representaria a vontade e a justiça de Deus.
Esse livro (editora Record) é aquele tipo de leitura que nos prende até o final. Sendo real e histórico, ele está recheado de referências e documentos do ocorrido e que é motivo de controvérsia até hoje. 
O autor Eric Jager narra o relato com boa desenvoltura tendo total controle histórico. Também nos coloca num suspense constante que só enriquece toda a trama, contando e minuciando a vida de todos os envolvidos, todas as datas e localidades como num thriller policial. 
Há três ápices nessa história: a violência ocorrida pela dama Marguerite, o duelo entre Le Gris e Carrouges e finalmente as consequências de tudo isso.  
Vale lembrar que o livro contêm inúmeras pinturas da época relatando o caso dando um charme a obra.

Recomendo.

Como disse um advogado do século XIV: Ninguém realmente sabia da verdade”.