quarta-feira, 31 de julho de 2019

Beowulf

Beowulf
Primeiro poema épico da Europa ocidental Beowulf é considerado até hoje uma das obras-primas da literatura inglesa. Escrito no dialeto anglo-saxão entre os anos 700 a 750 d.C. narra as aventuras do herói Beowulf membro da tribo dos geats (localizada ao sul da Suécia) que ao longo dos anos expõe a sua vida para defender os valores da coragem e da lealdade antecipando assim os rígidos códigos de honra que dominariam a Europa durante toda a Idade Média. Sua 'gesta' heróica compõe-se de três desafios sangrentos dos quais os dois primeiros ele buscará apenas como uma forma de satisfazer a sua sede de aventura além de provar o valor do seu braço. Um herói destemido o bastante para enfrentar três dos mais ferozes monstros criados pela imaginação humana em três duelos sucessivos e vertiginosos - eis o que o leitor encontrará nas páginas deste vibrante romance adaptado do clássico poema medieval inglês 'Beowulf'. Considerado por J. R. R. Tolkien e pela maioria dos amantes da literatura heróica como uma das mais perfeitas e empolgantes criações do gênero a saga de 'Beowulf' praticamente desconhecida no Brasil vem sofrendo nos últimos anos uma revitalização intensa graças a traduções e adaptações de todo o gênero - inclusive cinematográfica com duas versões recentes de grande sucesso.


Logo no início da história vemos o confronto contra o monstro Grendel, uma espécie de ogro dos pântanos que, após covarde morticínio, se apossa do salão de festas do rei dinamarquês Hrothgar. 
No segundo duelo, vemos Beowulf às voltas com a irada progenitora do primeiro monstro, que surge do mesmo pântano sedenta de vingança. 
Já o terceiro e último enfrentamento se dá com um dragão, que, por conta de um furto de uma peça do seu tesouro. Ele surge das profundezas de sua caverna disposto a devastar o reino de Beowulf.


Bom, o livro é uma ótima leitura e isso se deve a A. S. Franchini e Carmen Seganfredo que recriaram e sintetizaram de maneira inteligente para que a narrativa se torna-se fluida e envolvente. Para os que não conhecem, o poema de Beowulf foi escrito no original anglo-saxão (são 3.182 versos) por um monge cristão no século VIII, dando a forma pela qual é hoje conhecida. 
Com essa excelente versão resumida, podemos ler a saga com muito mais âmbito mitológico e ver o seu verdadeiro contexto literário que constitui no paganismo nórdico.


Recomendo.



segunda-feira, 22 de julho de 2019

WetWorks


WetWorks 
Oriundos da fase de ouro da Image Comics na década de 90 o super grupo de heróis, Wet Works são bem desconhecidos por aqui.

 A história deles é sobre uma equipe secreta de soldados altamente aprimorados com simbiontes dourados que lutam contra forças sobrenaturais com muita ação, high-tec e violência.
A armadura dourada a que cada membro está unido dá-lhes maior força, invulnerabilidade limitada e uma ligação mental entre si, assim como vários poderes individuais.

Os simbiontes de ouro fornecem vários aprimoramentos físicos à equipe. Todos eles são a prova de bala, capazes de resistir a explosivos diretamente em seus corpos e milhares de perfurações incendiárias e de sentir dor, além de terem sua força aumentada para pelo menos serem capazes de levantar toneladas como se fossem penas. 
Os simbiontes também aumentam seus reflexos e velocidade e os impedem de se cansar. Seus corpos são mantidos em temperatura confortável e constante, apesar do ambiente externo e eles não precisam mais de comida. Os simbiontes fornecem a equipe um link telepático e, de alguma forma, são capaz de se vincular instintivamente a armas para facilitar o uso. 





Criado por Whilce Portacio (X-Men, X-Factor, Spawn) e escrito por Brandon Choi (Gen 13, WildC.A.T.s) a série durou apenas quatro anos antes de terminar em 1998. Em seguida uma segunda fase foi escrita por Mike Carey (X-Men e Hellblazer), com Portacio fazendo a arte que se iniciou em 2006 e teve seu término em 2008.
Atualmente o grupo está na Wildstorm de Jim Lee e não há nenhum retorno confirmado, apenas algumas participações no cruzamento "Convergência" da DC Comic, confrontando com o Batman e Azrael.

WetWorks - Batman - Azrael

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada
"A Inglaterra está em paz, dividida entre o Reino Dinamarquês ao Norte e o Reino Saxão de Wessex, ao Sul. Uhtred, órfão da Nortúmbria, parece ter encontrado a tranquilidade.
Ele é o dono de terras, casado e com uma tarefa a cumprir: Alfredo quer manter intacta a fronteira junto ao Tâmisa.  Mas os problemas aparecem quando uma nova horda de vikings chega para ocupar Londres. O sonho dos guerreiros do norte é conquistar Essex.  E, para isso, eles precisam da ajuda de Uhtred.
Mas Alfredo nutre outros planos. Ele insiste em que Uhtred expulse os invasores vikings de qualquer maneira.  
Naquele ano de 885, o guerreiro da Nortúmbria precisa decidir até que ponto seu juramento a Alfredo se mantem firme.


A Canção da Espada conta a história da criação da Inglaterra e, como todos os romances de Bernard Cornwell, baseia-se em relatos verídicos. Mais uma empolgante história de amor, traição e violência, ambientada em um reino cindido por enormes conflitos, mas ao mesmo tempo instigado por um pequeno clarão de esperança de que Alfredo, o grande rei de Wessex, possa mostrar seu poder de união. Uhtred, o maior guerreiro do soberano, tornou-se sua espada, um homem temido e respeitado por toda a região, o senhor da guerra a serviço de um poderoso monarca."


O quarto volume das Crônicas Saxônicas traz um ótimo amadurecimento tanto da historia quanto do personagem principal. Cinco anos se passaram desde a Batalha de Dunholm (descrita em Os Senhores do Norte, o terceiro volume das crônicas) e Uhtred está envolto em intrigas, traições e batalhas. Tudo está bem encaixado, a trama é envolvente e nos deixa preso até as ultimas páginas, onde é claro,deixam pontas necessárias para os próximos volumes.
Uma leitura até certo ponto, rápida, divertida e que mais uma vez Bernard Cornwell dá um show nas descrições da batalhas, lugares e modos de vida da época.
É simplesmente, contagiante!


Recomendo.


"Enquanto houver uma familia chamada Uhtred, e enquanto houver um reino nesta ilha varrida pelo vento, haverá guerra.
Portanto não podemos nos encolher para longe da guerra.  Não podemos nos esconder de sua crueldade, de seu sangue, do seu fedor, da malignidade ou do júbilo, porque a guerra virá para nós, desejamos ou não.
Guerra é destino, e o destino é inexorável."