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| A Bandeira do Elefante e da Arara |
Trazendo aqui A Bandeira do Elefante e da Arara, de Christopher Kastensmidt, publicado pela Editora Avec em 2025, onde traz onze novelas em que a voz narrativa busca misturar o épico e o folclórico.
A obra privilegia a construção e as referências folclóricas ao imaginário brasileiro e isso é seu maior acerto, pois o livro não se apresenta como uma fantasia distante, mas como uma aventura que nasce de nossas próprias raízes.
A sensação inicial é a de que o RPG aqui não apenas convida a rolar dados, mas a caminhar pela cultura nacional, onde mitos e personagens se tornam companheiros de jornada.
O enredo tem ares de um epopeia antológica, mas também guarda certa leveza na narrativa que faz com que o leitor sinta-se parte da descoberta — um explorador curioso diante de um território mágico. Destaque? Adorei as onze histórias mas, "A ameaçante aparição da Mula sem Cabeça" e "O catastrófico final das façanhas brasileiras de Gerard e Oludara" são os meus preferidos.
A escolha de um protagonista estrangeiro como Gerard Van Oosy permite que tanto o autor quanto o leitor abordem o Brasil com um olhar de descoberta e fascínio, sem o peso de uma perspectiva nativa já integrada ao cenário.
Recomendo demais a nova edição de A Bandeira do Elefante e da Arara que brilha como peça de criação de universo — é inspiradora, sensorial e ideal para quem quer transpor o folclore e a história brasileira para os jogos de mesa.

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