 |
| A Queda de Artur |
"Então Mordred mui alto sem humor se ri.
Ouvem-se suas ordens. Acres as trompas.
Queimam fogueiras, ergueram-se estandartes,
as costas ecoam, nos escudos batem lanças.
A guerra acorda, o desgosto na Bretanha.
Artur retorna à sua terra própria,
com poder e majestade altivo vem
a Romeril onde chorando, correndo lento
um córrego alcança a costa do mar."
𝐴 𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑟𝑡𝑢𝑟
 |
| God Emperor of Dune |
Mostrando aqui este paperback de 1983 de God Emperor of Dune que consegui recentemente por um preço bem em conta numa livraria de usados.
Isso me fez lembrar que preciso urgentemente revisitar o universo de Duna criado por Frank Herbert.
Quando eu li pela primeira vez foi em meados de 1988 numa edição antiga do meu pai da editora Nova Fronteira.
Me lembro dele dizendo o que eu tinha acho do livro e respondi: "𝐴𝑐ℎ𝑒𝑖 𝑢𝑚 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑒 𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑟, 𝑚𝑎𝑠 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑒𝑖!"
Hoje com uma versão mais caprichada e uma tradução mais relevante, a edição da Aleph se tornou quase que uma aquisição obrigatória para os fãs de Duna e também para os leitores ávidos por ficção científica.
.jpeg) |
| Duna |
Recomendo o filme de 2021 para deslumbrar o visual inigualável do universo de Duna.
.jpeg)
 |
| VERTIGO n° 26 |
O selo VERTIGO sempre foi o caminho mais alternativo em termos de histórias em quadrinhos com temas mais adultos como 𝐹𝑎𝑏𝑙𝑒𝑠, 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑐ℎ𝑒𝑟, 𝑇ℎ𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑑𝑚𝑎𝑛 𝑈𝑛𝑖𝑣𝑒𝑟𝑠𝑒, 𝑇ℎ𝑒 𝐵𝑜𝑜𝑘 𝑜𝑓 𝑀𝑎𝑔𝑖𝑐 - mas o meu preferido sempre será 𝐻𝑒𝑙𝑙𝑏𝑙𝑎𝑧𝑒𝑟.
Nesta edição de n°26 vemos John Constantine tentando recuperar sua memória depois de um confronto infernal com Ghant que tentou leiloar sua alma para entidades infernais. Agora sem rumo e sem memória, ele trilha por estradas perigosas onde os seres humanos são marionetes manipuladas por um sem número de anjos e demônios envolvidos em jogos de poder. Contudo, a situação fica mais bizarra quando três ladrões se metem numa enrascada ao roubarem um artefato maligno do depósito de Constantine.
Com o roteiro de Mike Carey e arte de Leonardo Manco, a HQ traz o sarcasmo, a ironia e o ambiente noir do mago inglês.
O personagem não tem escrúpulos em se tratando de assuntos sobrenaturais. Individualista ao extremo, Constantine é um demonologia que não mede suas ações ao insultar os anjos, mostrar o dedo aos demônios e arriscar vidas alheias com o único intuito de salvar sua pele. E aqui nesta HQ tudo isso acontece de maneira mais intensa, violenta e sombria.
VERTIGO n°26 traz também histórias de Vampiro Americano, Escalpo e Joe, o Bárbaro que são excelentes, mas que num momento oportuno estarei falando de cada um deles em outras edições.
Destaque é a arte da capa feita pelo fenomenal Tim Bradstreet (𝑉𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑜, 𝑎 𝑀á𝑠𝑐𝑎𝑟𝑎, 𝑂 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑖𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜, 𝐵𝑙𝑎𝑑𝑒, 𝑆𝑡𝑎𝑟 𝑇𝑟𝑒𝑘)
VERTIGO é uma ótima opção para quem quer ler e ter uma experiência de quadrinhos fora do eixo de heróis 𝑀𝑎𝑟𝑣𝑒𝑙/𝐷𝐶.
 |
| Hellblazer |
 |
| Contos de Fadas Sombrios |
Trazendo aqui: Contos de Fadas Sombrios organizado pela escritora Ana Lúcia Merege e publicado como um "𝑏𝑜𝑛𝑢𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑐𝑘" para os "𝑓𝑢𝑙𝑙-𝑙𝑒𝑛𝑔𝑡ℎ" "O Caçador" e "Jack London e a Criatura de Salmon Pond" publicado pela Editora Draco em 2021.
O livro traz seis contos inspirados nas lendas dos contos de fadas tradicionais. Temos de criaturas lendárias à personagens típicos das fábulas, além de muito suspense, mistério e horror.
Com relação aos aspectos estruturais, o livro traz ótimos textos com elementos criativos essenciais como tempo e espaço. A narrativa atrai e seduz de maneira assombrosa criando quase uma atmosfera lúgubre, porém mais melancólica.
Os autores trouxeram a sofisticação em suas tramas de um jeito ambicioso e ao mesmo tempo honraram a áurea clássica em suas adaptações.
A autora Allana Dilene trouxe o suspense e a atitude no conto "𝐴 Ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑁𝑜𝑖𝑣𝑎", enquanto Oscar Nestarez ousa de maneira tétrica com o flautista mágico em "𝐴 𝑅𝑎𝑡𝑎𝑛ç𝑎". Carolina Mancini emenda a tragédia épica das sereias com "𝐶𝑎𝑛çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑢𝑓𝑟á𝑔𝑖𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑠 𝐴𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑄𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠" e Liège Báccaro Toledo descreve a vingança através de uma fada madrinha em "𝐵𝑜𝑎 𝑁𝑜𝑖𝑡𝑒, 𝐶𝑖𝑛𝑑𝑒𝑟𝑒𝑙𝑎". Já o autor Diego Guerra mostra a casa de doces e a bruxa nas guerras napoleônicas com "𝐴 𝐶𝑎𝑠𝑎 é 𝑎 𝐹𝑜𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑀𝑢𝑛𝑑𝑜" e finalizando com a magistral Ana Lúcia Merege que apresenta a beleza sombria e selvagem dos contos russos em "𝑂 𝑇𝑟𝑜𝑐𝑎-𝑃𝑒𝑙𝑒𝑠".
Contos de Fadas Sombrios é um livro excepcionalmente envolvente e que transporta o leitor à ambientes soturnos, onde às vezes a sanidade pode não ser sua única escolha.
Recomendo demais!
 |
| Lemmy, a Biografia Definitiva |
"𝑈𝑚 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎. 𝑁𝑎𝑠𝑐𝑒𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑟. 𝑉𝑖𝑣𝑒𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑔𝑎𝑛ℎ𝑎𝑟."
Trazendo aqui - Lemmy, a Biografia Definitiva, escrita pelo famoso jornalista musical Mick Wall e que já escreveu para grandes bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin e Metallica.
Publicada aqui em 2016 pela GLOBO LIVROS, vemos a história da lenda Lemmy Kilmister, líder e fundador da banda Motörhead - uma das mais influentes e importantes da história do Metal e do Rock.
Wall conta a trajetória de Lemmy desde sua juventude quando ele ouvia Little Richard, Chuck Berry e Elvis, passando por pequenas bandas até sua entrada na banda de rock psicodélico Hawkwind.
Narra também sua pequena passagem como roadie de Jimi Hendrix, sua amizade com o escritor Michael Moorcock e chega finalmente quando monta sua própria banda: o Motörhead.
É bem legal ler todos os detalhes dos 22 álbuns da banda, suas diversas formações, shows em vários lugares do mundo e como a energia de suas músicas emanava e contagiava as pessoas.
Há trechos polêmicos como a sua fixação em colecionar itens da Segunda Guerra Mundial, desentendimentos com ex-integrantes, seu envolvimento com drogas e álcool e finalmente perfaz em seus últimos dias até o seu falecimento em dezembro de 2015.
Lemmy, a Biografia Definitiva é uma ótima leitura para os fãs de Rock/Metal e também para aqueles que querem conhecer um pouco mais da verdadeira história por trás da lenda Lemmy Kilmister/Motörhead.
Trechos de Lemmy:
"[...] 𝐸 𝑛ã𝑜 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑠ã𝑜 ℎ𝑜𝑛𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠. 𝐷𝑒𝑡𝑒𝑠𝑡𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑡ê𝑚 𝑜𝑟𝑔𝑢𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑠𝑜𝑛𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠. 𝐸 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑡ê𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑧 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜."
"𝐴 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑒𝑡 é 𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑣𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜. 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑟á 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑙𝑢𝑠𝑎𝑠 𝑎𝑠𝑠𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑒 𝑗á 𝑛ã𝑜 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑏𝑒𝑚 𝑟𝑢𝑖𝑚 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎."
"𝐴 𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑎 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑟 𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑛𝑒𝑙𝑎 𝑒 𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑎 𝑠𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑚 é 𝑏𝑜𝑚. 𝐸 𝑒𝑢 𝑣𝑖𝑣𝑜 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚. É 𝑓á𝑐𝑖𝑙 𝑡𝑒𝑟 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒. 𝑁ã𝑜 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑎 𝑛𝑎𝑑𝑎."
.jpeg) |
| Motörhead |
 |
| Navegante nos Mares do Destino |
Por dez mil anos, o poderoso Império de Melniboné tem ditado as regras para o mundo. Porém, como os Senhores do Domínio retiraram seus favores e preparam-se para suas próprias batalhas, a arrogância do reino - assim como poder de sua magia - conhecem agora a decadência.
Em busca de uma meta desconhecida, o albino príncipe Elric deixa o Trono de Rubi na Cidade dos Sonhos de Imrrir. Com a mágica da espada Stormbringer ao seu lado, o Campeão Eterno inicia a longa jornada pelas terras que seu povo desdenhosamente chama de os Novos Reinos... lugares onde os melniboneanos são, na melhor das hipóteses, detestados...
Publicada em 1987 em quatro edições pela antiga Editora Abril, a hq é uma adaptação do livro Sailor on the Seas of Fate de Michael Moorcock, originalmente de 1976.
Considerado um dos épicos do Multiverso Campeão Eterno é também um clássico definitivo da Espada & Feitiçaria.
Com os argumentos de Roy Thomas e com a arte psicodélica de Michael T. Gilbert, Navegante nos Mares do Destino vale como leitura e conhecimento ao estilo Espada & Feitiçaria, mas também pela nostalgia e originalidade pela obra.
 |
| The Path of Daggers |
Trazendo aqui o oitavo volume da saga The Wheel of Time (A Roda do Tempo), escrita por Robert Jordan: The Path of Daggers (O Caminho das Adagas), originalmente publicado em meados de outubro de 1998.
Rand al'Thor, o Dragão Renascido, conquistou a cidade de Illian, derrubou Sammael, o Esquecido e trava uma batalha feroz contra os exércitos dos invasores Seanchan.
Nynaeve, Aviendha e Elayne tentam quebrar o domínio do Dark One (Shai'tain) sobre o clima do mundo e estão prestes a retomar o trono de Andor, mas com consequências sérias. Egwene al'Vere, a líder dos exilados Aes Sedai, marcha com seu exército em direção à Torre Branca.
Bom, o livro em algumas partes estão bem compassadas para não dizer arrastadas.
O ritmo oscila infindavelmente e tudo é bem lento e contínuo.
Convenhamos, Robert Jordan é um especialista em descrições de ambiente. Ele descreve com riqueza de detalhes as características do lugar, acontecimentos importantes e irrelevantes num nível surpreendente.
Contudo, The Path of Daggers não há um avanço significativo. Jordan deu mais atenção a personagens secundários e deixou a leitura mais cansativa que o habitual para a saga, mas ele consegue abrilhantar a trama com bons textos, boas batalhas e reflexões que ficarão martelando na sua cabeça por um bom tempo.
Enfim, não é um livro ruim, mas também não é o melhor da saga.
